O Parlamento Europeu recebeu, em Bruxelas, um seminário na terça-feira, 23/6, intitulado "Viver com Dignidade", concentrando-se nas experiências e assuntos atuais de sobreviventes europeus do Holocausto a restituição dos bens roubados. A questão principal do seminário foi o bem-estar dos sobreviventes do Holocausto na Europa de hoje.
O evento foi realizado em cooperação com a Claims Conference, o Instituto Europeu do Legado da Shoah e o Centro Comunitário Judaico Europeu.
O evento foi organizado pelo membro holandês do Parlamento Europeu, Bastiaan Belder, do Grupo Europeu Conservador e Reformista (ECR). Belder é o vice-presidente da delegação para as relações com Israel no Parlamento Europeu e um ávido lutador contra o antissemitismo na Europa. "Infelizmente, a maioria dos sobreviventes do Holocausto vive na pobreza, em más condições de saúde e traumas constantes”, declarou Belder.
Belder informou que a idade média dos sobreviventes do Holocausto na Europa é de 85 anos. A maioria vive em condições abaixo da média e ainda estão aguardando restituições completas. Isso apesar da Declaração Terezin sobre a restituição de propriedade assinada por 46 nações em 2009. "Nosso objetivo é o de promover o bem-estar e benefício de sobreviventes do Holocausto por meio da União Européia, do Parlamento Europeu e da Comissão Européia”, resumiu Belder à Agência Tazpit.
Belder disse estar otimista de que essa iniciativa realmente incentive o aumento da conscientização. Ele pediu aos países que respeitem as obrigações de 2009 [dos Estados Europeus], que prometeram cuidar dos sobreviventes do Holocausto. “Nós todos aspiramos viver com dignidade. Essa aspiração tem de incluir os sobreviventes do Holocausto e da perseguição nazista, que aconteceu no nosso próprio continente", concluiu Belder.
Também participaram como oradores Tibor Schlosser, enviado especial israelense para Assuntos do Holocausto; Avi Weber, do Ministério israelense para Idosos; Halyna Senyk, diretor-executivo do Instituto Europeu Legado Shoá; o sobrevivente do Holocausto Simon Gronowski, o rabino chefe para a Holanda, dentre outros.
Fonte: Tazpit Brasil / Texto: Michael Zeff / Tradução: Aguinaldo Wechesler
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