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Todo judeu é rico?

Todo judeu é rico?
Abramovic judeu russo que pratica a Tsedaká
PERGUNTA –> Todo judeu é rico?

Dov Zellerkraut


 Quem me dera!! Você já deve conhecer estes estereótipos e já deve ter escutado algum comentários deste estilo. E, eventualmente, muitos acabam se perguntando… “Será verdade?”

Com certeza… NÃO!

Em primeiro lugar, quando a palavra “TODO” vem acompanhada de alguma afirmação, esta, deve, simplesmente ser rejeitada. Declarações universais e generalizações infelizmente, são um erro muito comum, mas não deixam de ser um erro grave.

E, desta maneira, a afirmação “os judeus são TODOS ricos”, claramente não é verdadeira. Um bom exemplo é a cidade de Nova Iorque, que possui uma grande e poderosa comunidade judaica e, os judeus, a fama de serem todos ricos. De acordo com um estudo realizado pela UJA-Federation of New York, 500.000 judeus vivem abaixo da linha da pobreza, somente nesta cidade.

Então, por que este estereótipo?

Não sei se existe uma resposta certa. Mas normalmente quando caracterizamos um grupo de pessoas de alguma maneira, estamos, de certo modo dizendo que eles são diferentes de nós. O antisemitismo buscou por muitos anos desculpas para afirmar que os judeus eram “diferentes” e portanto, razões pelas quais mereciam serem tratados diferente, quando, normalmente, isso terminava mal.

O antisemitismo moderno utilizou-se de “assassinos de Jesus”, “assassinos de crianças cristãs”, “adoradores do demônio” e diversas outras afirmações ridículas, que levaram a perseguições e pogroms que resultaram em assassinatos e expulsões de milhões de judeus. Mas chegou um momento que a religião já era mais prioridade nas principais famílias da Europa e esta “culpa religiosa” do judeu, já não lhes importava tanto quanto antes. Sendo assim, o antisemitismo teve que se adaptar a um novo interesse que surgia no mundo e através deste, atacar os judeus. Este interesse era: o dinheiro.

Os judeus da Europa até cerca do século 19, eram extremamente pobres, em sua maioria. Principalmente como resultado de dezenas de expulsões, os judeus tiveram que abandonar todas suas conquistas e seus campos muitas vezes seguidas e por muitas vezes, se mudar a um lugar desconhecido, somente com a roupa do corpo, para começar tudo de novo. E como, em muitos lugares, foram impedidos de seguirem as principais profissões, estes se especializaram em redes financeiras, que terminaram por ser a base das instituições bancárias modernas. E, assim, por não ter opção, a agiotagem tornou-se o principal trabalho para os judeus. E embora os judeus conseguiram conquistar grandes êxitos neste mercado, sabiam que também se tratava de uma profissão perigosa, pois ninguém gosta de seus credores. Mas como as habilidades financeiras também eram portáteis, os judeus conseguiam facilmente se reestrutar com esta, mesmo depois de arrancados e expulsos, uma e outra vez, de suas casas na Europa.

Daí possivelmente nasceu a lenda de que os judeus controlam os bancos do mundo. Embora com certeza não seja uma verdade hoje em dia, pode ter sido no momento em que, somente os judeus, queriam, podiam e sabiam trabalhar com isso.

Com isso surgiu o estereótipo “judaico” perfeito para os antissemitas que buscavam novas razões para propagar o ódio contra os judeus. E como consequencia, no começo do século 20, já se espalhava pela Europa uma das obras antissemitas mais vendidas e de grande sucesso entre todos aqueles que odiavam os judeus (entre eles, Hitler). A obra, “Procolos dos Sábios de Sião” relatava sobre uma conspiração judaica mundial para controlar o mundo. Embora seja uma idéia ridícula, esta causou muitos problemas para os judeus que até hoje são vítimas de acusações insensatas como estas.

Também cabe destacar que os judeus por serem poucos nos países aonde habitam, e por muito tempo terem sido maltratados pelas comunidades locais, aprenderam a se ajudar e praticar a caridade (mandamento no judaísmo), principalmente entre eles, assim, mesmo que um judeu pareça estar muito bem, possivelmente pode haver outro judeu o ajudando.

Em resumo: existem judeus ricos e existem judeus pobres. Judeus negros e judeus brancos. Judeus honestos e judeus desonestos. Judeus bancários e judeus garis. Só o que não existe são dois judeus iguais!

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4 Comentários
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  1. claro que existem judeus pobres. Mas também existem muitos ricos, e quando comparo em porcentagem fico espantado. O EUA tem 3% de judeus. Porém possuem 30% da riqueza do país.

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  2. Interessante artigo, mas se puder gostaria de fazer um adendo. Lembremos que por muito tempo os judeus não podiam comprar terras em muitas partes na Europa (fora a instabilidade mencionada acima), dessa forma existiam poucos agricultores judeus, profissão essa honrosa e essencial para a humanidade, mas naturalmente os judeus acabaram vivendo mais perto dos centros comercias e exerciam profissões técnicas (alfaiate, marceneiro, ferreiro, eletricista, etc etc...) E quando chegou o tempo das grandes imigrações para as Américas, chegaram em um novo mundo sedento de profissionais qualificados e naturalmente houve uma remuneração proporcional à demanda e procura da profissão e hoje, não raro, fábricas , indústrias e comércios conhecidos, nasceram desses imigrantes que chegaram com um conhecimento que valia muito. E diria então que a riqueza de alguns foi um processo natural e consequência do trabalho, mercado e crescimento do país, e não a cobiça que alguns acreditam ter sido o impulso primordial. O que falo é uma generalização, que funciona dos dois lados e se disse alguma falácia, me perdoem e agradeço a correção.

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