Uma manifestação de judeus israelitas de origem etíope acabou, esta quinta-feira à noite, em confrontos com as autoridades. Aconteceu em Jerusalém e tudo começou de forma pacífica junto a uma esquadra de polícia de Jerusalém.
Os manifestantes protestavam contra a alegada brutalidade sectária da polícia contra os israelo-etíopes.
Quando estes se concentraram junto à residência do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, a polícia recorreu a canhões de água e granadas de atordoamento para tentar dispersar a multidão, que respondeu com o arremesso de pedras.
Pelo menos 13 pessoas ficaram feridas. Dois polícias e cinco manifestantes tiveram de ser levados para o hospital.
Avi Tesema participou na manifestação e explicou aos jornalista que o protesto se dirigia à polícia. “Eles estão a abusar da força contra os civis israelo-etíopes. Há muitos casos de israelo-etíopes espancados pela polícia”, acusou o manifestante.
O protesto foi motivado pela divulgação de um vídeo em que se via dois polícias a espancar um alegado soldado israelita de origem etíope, que acabaria preso.
O primeiro-ministro israelita emitiu uma declaração, na qual condenou a violência exercida contra o soldado e a apelar à calma. “Condeno inequivocamente o ataque ao soldado da comunidade etíope.
Os responsáveis vão ser levados à justiça, mas ninguém tem o direito de querer impor a justiça pelas próprias mãos”, disse Benjamin Netanyahu, acrescentando: “Os imigrantes da Etiópia e as respetivas famílias são queridos a todos nós e Israel está a fazer todo o possível para facilitar a sua integração na sociedade.”
A comunidade judaica etíope integra cerca de 120 mil membros em Israel, cuja população é de 8 milhões.