
A equipe, liderada pela Superintendência da Unidade Central da Polícia de Jerusalem, Capitão Yani Piamenta, prendeu o jovem após o mesmo ter postado em seu status de Facebook um texto anunciando sua intenção de entrar no Monte do Templo, na quinta-feira, 7/5, durante a Festa de Lag Ba’Omer, relatou a polícia em uma declaração à imprensa.
Em seu post, o estudante declarou sua intenção de celebrar a festividade “do seu próprio modo”, honrando o sábio religioso do século II da Era Comum Simon Bar Yochai, durante os costumes tradicionais de acender fogueiras para comemorar a data. Ele prosseguiu afirmando que gostaria de entrar preparado no Monte do Templo e “atear fogo em todos do Oriente Médio”.
A referência é aparentemente uma alusão a recentes avisos veiculados por dirigentes da Segurança Israelita, de uma clara presença judaica no Monte do Templo, um lugar sagrado para judeus e muçulmanos, e um ponto de tensão religiosa que inflamaria a ira muçulmana. Tensões ao redor do Monte do Templo, existentes no passado, espalharam-se pelo resto da cidade.
O Rabino Yehuda Glick, um ativista que promoveu o uso compartilhado por judeus-muçulmanos do lugar sagrado por muitos anos, foi atingido por um palestino de Jerusalém em uma tentativa de assassinato em Outubro de 2014.
Depois de sua recuperação, a decisão judicial em 5 de maio - mesmo dia em que o jovem foi detido - definiu que Glick poderia retornar ao local uma vez por mês, sob a condição de que se abstenha de “fazer provocações a população muçulmana”.
Fonte: Tazpit Brasil / Texto: Ben Niran e Michael Jeff / Tradução: Graziela