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A mulher no judaísmo

União e igualdade de direitos, são temas-chave de Shemini Atsêret e Simchat Torá, datas nas quais nos alegramos na Torá.

A mensagem que trago com a presente explanação,  mostra a nós mulheres que somos importantes no nosso papel, visto pela visão judaica, que considera o maior e mais importante papel da mulher aquele que ela desempenha como Akeret Habait (alicerce do lar), especialmente na educação das crianças. Esta função é vista como algo mais sagrado e tem prioridade entre as demais. E, quando oramos apresentamos toda família em busca de misericórdia à bondade de D'us e, abençoamos nosso lar e nos preocupamos com a educação dos filhos e orientamos os mesmos para servirem ao "Todo Poderoso" com alegria e toda as suas forças com muita Kavaná (intenção) e gratidão. 

Com a nossa submissão ao marido e respeito, renunciamos em muitas coisas para uma convivência harmoniosa, trazendo paz ao lar para que todos possamos crescer espiritualmente e prosperar  em tudo no nosso cotidiano. O papel da mulher no lar é sagrado porque depende dela em sua maior parte a evolução e felicidade de suas futuras gerações. Todo equilíbrio está na maneira em que a mulher conduz à sua família! A oração individual da mulher tem um caráter  muito íntimo e particular. Isto em nada diminui nosso valor.

O tema  sobre igualdade nos lembra a relação da mulher com a reza.

QUESTIONAMENTO DAS MULHERES:

Qual a relação das mulheres com a  reza?
Até os dias de hoje, ainda faltam esclarecimentos sobre este tema.
Será que a  mulher pode rezar?
Será que a mulher deve rezar?
Sua reza vale como a do homem?

EM CASO AFIRMATIVO, POR QUE ELA NÃO É CONTADA NO MINIAN?

A reza é a comunicação diária da criatura com o Criador, a forma de servirmos a D'us com nosso coração e sentimentos. Por isso, a necessidade e o privilégio de rezar aplicam-se tanto para homens como para mulheres, ainda que haja certas diferenças.
Já encontramos no Tanach diversos exemplos de mulheres que rezavam, seja para agradecer a D'us, seja para suplicar.

O Talmud afirma que, desde o dia em que o mundo foi criado, não houve uma só pessoa que tivesse agradecido a D'us da maneira como o fez a matriarca Lea. Também são célebres os cânticos de louvor entoados por Miriam e Débora.
Além disso, o Talmud estabelece (Berachot 20b) que a reza é obrigatória para as mulheres. O mesmo é determinado por nosso código de leis, Shulchan Aruch (cap. 106). A propósito, diversas leis sobre a maneira apropriada de rezar são derivadas da prece de uma mulher, Chana: "Chana falava no seu coração, e só se moviam os seus lábios, porém não se ouvia a sua voz, pelo que Eli a teve por embriagada" (Samuel 1 1:13).

Chana falava no seu coração" _ daqui o Talmud deriva que a pessoa, ao rezar, deve concentrar o seu coração. Chana, uma mulher, nos ensina o nível de devoção que podemos atingir quando nos dirigimos ao Criador.  Um nível tão elevado que confundiu o próprio líder religioso Eli, fazendo-o supor que ela estivesse embriagada. A semelhança entre a reza e a embriaguez deve-se ao fato de que, quando "entra o vinho, sai o segredo"; e Chana, com sua oração, expressava o lado mais profundo e íntimo da alma.
As comunidades Sefaradis iniciam diariamente as suas rezas com a prece de Chana (Juízes 5), Vatitpalel Chana. Diz o Midrash (Yalkut Shimoni 80) que daqui apredemos que a reza é obrigatória para as mulheres, pois Chana proferia dezoito (Shemonê Esrê) bençãos.

Do exposto acima,  podemos  ter uma ligeira idéia  da importância da reza das mulheres. A diferença em relação aos homens é que  a mulher está dispensada  da parte ritualística  e coletiva das orações. Por uma lado, em razão da manutenção do recato e do pudor. Porém, acima de tudo, porque essa parte está limitada a local e horários específicos, e a mulher é isenta  de obrigações que acarretam esse tipo de limitação.  Isto decorre da visão judaica, que considera o maior e mais importante papel da mulher aquele que ela desempenha como Akeret Habait (alicerce do lar), especialmente na educação das crianças. Esta função é vista como algo mais sagrado e prioritário do que estar presente na  Sinagoga em um horário específico para uma determinada reza. Por conseguinte, a oração individual da mulher tem um caráter  muito íntimo e particular. Isto em nada diminui seu valor. Ao contrário,  sabemos  que a reza pronunciada  pela pessoa mais elevada de nosso povo, no dia mais especial do ano, no recinto mais sagrado que existia , era a prece individual proferida pelo Cohen Gadol em  Yom Kipur no Kodesh Hakodashim.

Na oração,  como disseram nossos sábios, o que importa não é a quantidade; o principal é dirigir o coração aos céus (Talmud Menachot 101a) com fervor e devoção. Não há dúvida de que, para atingir esta Kavaná (intenção), é de grande auxílio compreender o significado das palavras que pronunciamos.

Concluimos lembrando que a futura redenção, com a vinda de Mashiach e o retorno a Tsiyon, também ocorrerá pelo mérito da prece de uma mulher:

"Isto é que diz o Senhor: Uma voz é ouvida em Ramá, lamentação e choro amargo, Rachel chora por seus filhos e se recusa  a ser consolada acerca deles, porque eles se foram. Isto é o que diz o Senhor: Cesse a tua voz de chorar e os teus olhos de verterem lágrimas, porque a tua obra será recompensada, diz o Senhor, e eles retornarão da terra do inimigo. Há esperança para o teu futuro, diz o Senhor, de que teus filhos retornarão ao seu país"(Jeremias 31:14-15).
Que isso possa concretizar-se em nossos dias e muito em breve.

 Rabino Isaac Michaan

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