Milhares de pessoas prestaram homenagem a Shalom Yochai Sherki, jovem de 25 anos que faleceu nesta quinta-feira, 16/4, de manhã devido a graves lesões que ele teve quando um carro bateu em um ponto de ônibus em que ele se encontrava na quarta-feira, 15/4, em French Hill.
A polícia de Jerusalém tem fortes indícios de que o motivo para o motorista ter atingido o jovem Sherki e uma mulher de 20 anos de idade pode ter sido nacionalista. O chefe de Polícia de Israel Yohanan Danino disse que as primeiras suspeitas indicam que a batida do carro foi um ataque terrorista, “especialmente à luz do fato de que o incidente aconteceu na véspera do Dia da Recordação do Holocausto”.
O motorista do carro é um homem árabe de 37 anos da vila Anata, perto de Jerusalém. Ele também foi ferido e após tratamento médico será interrogado pelo Shin Bet.
No funeral, o pai de Shalom, o rabino Uri Sherki, disse que seu filho salvou a mulher que estava ao lado dele. “Vá querido filho, não é difícil, porque a sua nobre alma está subindo direto para o Rei da Paz.”
Sherki é irmão do repórter israelense Yair Shaki, do Channel 2 News, e filho do proeminente rabino ortodoxo Uri Sherki. Shalom Sherki trabalhou como guia turístico em 'Masa Israel', um programa que fortalece a identidade judaica, sionista e israelense entre os adolescentes e os soldados israelenses. Ele também era um conselheiro da Yeshiva Bnei-Zvi em Beit-El.
Representantes da Yeshiva Bnei-Zvi disseram à agência de notícias Tazpit que “Sherki era um homem maravilhoso, cheio de vida, com um sorriso constante no rosto. Ele sempre queria ajudar. Ele ensinou aos seus alunos a importância de dar e amar a Deus. Nós ainda temos de apreender a morte deste homem especial”.

O Conselho Regional Beit-El também falou a Agência de Notícias Tazpit que está de luto junto com a família Sherki pelo assassinato de Shalom Sherki no ataque terrorista em Jerusalém na última quarta-feira.
Em 22 de outubro de 2014, um terrorista também atropelou mais de 8 pessoas em uma estação de trem no bairro Giv'at Hatachmoshet em Jerusalém, ferindo seis e matando duas. Duas semanas depois, 14 pessoas ficaram feridas em um ataque similar, incluindo três soldados da patrulha de fronteira, no bairro Shimon Hatzadik em Jerusalém. Em novembro, um árabe tentou atropelar duas crianças na comunidade Neve Zuf na área de Benjamin. Em 3 de dezembro do ano passado um árabe roubou um carro de um cidadão judeu perto do cruzamento Migdalim em Samaria, o atropelou e o matou. Uma semana depois, um terrorista tentou atropelar civis na Cidade Velha de Jerusalém.
Em 2015, um terrorista tentou atropelar soldados no cruzamento Al-Hader em Gush Etzion dia 8 de janeiro. Em 6 de março, sete pessoas ficaram feridas, incluindo quatro soldados da Patrulha de Fronteira, quando um árabe do leste de Jerusalém os atropelou em uma estação de trem.
A mãe, Ada, da menina de 20 anos que foi atingida na batida do carro na noite de quarta pediu ao público para orar por sua filha, Shira, que está em estado grave, mas estável no hospital Hadassah Ein Karem. Ela também disse que sua família oferece suas condolências à família Sherki.
Se a polícia concluir que este era de fato um ataque terrorista, será o oitavo incidente com batida de carro nos últimos sete meses executados por palestinos contra soldados e civis.
Tazpit Brasil