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Lassana Bathily - Coisas Judaicas |
O premiê francês Manuel Valls (esquerda) e o ministro do Interior Bernard Cazeneuve (direita) entregam cidadania francesa a Lassana Bathily nesta terça-feira (20) em Paris
(Foto: AP Foto/Christophe Ena)
Cerimônia foi realizada nesta terça-feira (20) em Paris.
Lassana Bathily escondeu reféns de mercado kosher invadido por atirador.
O premiê francês Manuel Valls (esquerda) e o ministro do Interior Bernard Cazeneuve (direita) entregam cidadania francesa a Lassana Bathily nesta terça-feira (20) em Paris (Foto: AP Foto/Christophe Ena)
Lassana Bathily, empregado muçulmano malinês de um mercado kosher em Paris que ajudou clientes judeus a se esconder em uma câmara fria da loja atacada pelo jihadista Amédy Coulibaly, recebeu nesta terça-feira (20) cidadania francesa.
Em cerimônia realizada em Paris, o primeiro-ministro Manuel Valls e o ministro do Interior Bernard Cazeneuve entregaram a Bathily o documento de cidadania e uma medalha por salvar vidas duranto o ataque ao supermercado de comida judaica.
"Estou tão feliz por ter dupla nacionalidade", disse Bathily, sorrindo. "Viva a liberdade, a solidariedade, vida longa à França". Ele foi apontado por Cazeneuve e Valls como um modelo de decência e valores republicanos.
Na França, desde 2006, Lassana Bathily, de 24 anos, apresentou em julho 2014 um pedido de cidadania.
Lassana, de rosto emoldurado por uma barba preta, é um muçulmano praticante. Ele trabalha há quatro anos no mercado kosher no leste Paris "com judeus e outros muçulmanos" que foi alvo de Amédy Coulibaly.
Lassana Bathily recebeu cidadania francesa durante cerimônia realizada nesta terça (20) em Paris (Foto: AP Photo/Christophe Ena)
"Eu não escondi judeus, eu escondi seres humanos", declarou à AFP na última quinta-feira (15).
No dia 9 de janeiro, quando o sequestrador Amedy Coulibaly invadiu o local fortemente armado, o pânico tomou conta do lugar e cerca de 15 clientes que estavam na loja correram para o porão. "Quando eles correram para baixo, eu abri a porta do freezer", contou Bathily ao canal de notícias BFMTV.
Em seguida, ele desligou o congelador e apagou a luz. Antes de fechar a porta, pediu calma aos clientes e saiu para vigiar o sequestrador.
Ele perdeu um amigo no sequestro: Yohan Cohen, de 20 anos, seu colega e um dos quatro homens judeus mortos por Coulibaly. O jihadista foi baleado pela polícia, que libertou todos os demais reféns.
Após o incidente, Bathily recebeu mensagens de felicitações de todo o mundo, como "parabéns, você é um herói", e um telefonema do presidente francês François Hollande.
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