“Quem é essa Rita Lobo de quem tanto fala?”
Paulistana, nascida em 28 de setembro de 1974, Rita Faia Rago Lobo curtiu a infância e adolescência com a família em São Paulo, e sua diversão era andar à cavalo. De família consideravelmente rica, viajava muito e sempre se encantou com as diferentes culturas gastronômicas. Até que, aos 15 anos, depois de participar de um teste fotográfico com Bob Wolfenson, foi convidada para ser modelo e topou quando descobriu que viajaria bastante. Filha de pai engenheiro (mas que já foi professor de matemática) e mãe historiadora e professora da PUC, ela seguiu a carreira de modelo por três anos, fazendo sucesso principalmente em países como Japão, França, Itália e Estados Unidos.
O que mais gostava de fazer nas viagens? Provar as comidas locais. Em uma entrevista, conta uma experiência que a marcou: foi fotografar numa linda ilha japonesa e, ao acordar num belo hotel, percebeu que o café não tinha pão, nem leite, nem ovos. E sim peixe, macarrão, arroz. Achou o máximo como aquilo era diferente, inusitado e… possível!
Quando fez 18 anos, resolveu que queria descobrir o que seria “quando crescesse”, e a única coisa que passava pela cabeça eram as comidas. Resolveu então gastar parte do dinheiro ganho como modelo fazendo um curso de culinária no ICE (Institute of Culinary Education), de Nova York, e depois emendou em mais outro, e outro… Quando voltou ao Brasil, com dez quilos a mais no corpo e uma infinidade de receitas na cabeça, foi logo convidada para ser colunista em um jornal, compartilhando receitas e escrevendo sobre suas incursões culinárias. Topou porque já gostava muito de escrever sobre comida – e apenas sobre comida, garante. Rita, a ex-modelo, tinha se tornado, portanto, colunista culinária até que, em 1997, surgiu um convite inusitado: ter um restaurante próprio, em parceria com um amigo investidor.
Apesar de resistir a princípio, ela acabou aceitando, e durante pouco mais de um ano comandou a cozinha do Oriental, que funcionava num espaço nos Jardins. Mas, ela admite, não era a sua praia. Rita é tímida, e nem sempre sabia lidar com ter fazer aquela social no salão, ou com os problemas de atendimento dos garçons e maîtres. Ainda assim, o lugar foi um sucesso enquanto aberto, servindo receitas com diversas inspirações do oriente, cheias dos temperos e preparações de duas das suas culinárias preferidas, a marroquina e a japonesa.
Foi em 2000 que tudo mudou. O portal IG estava expandido e a convidou para montar um site de gastronomia. “Se for de culinária eu topo”, ela respondeu. Foi assim que começou o fenômeno Panelinha.
A intenção era clara: ensinar as pessoas dessa nossa geração, que cresceu longe da cozinha, a chegar do trabalho e, ao invés de descongelar uma lasanha, ir para o fogão e sair, 25, 30 minutos depois, com uma bela comida para servir a toda a família. Comida de verdade! Que se tornou ainda mais importante para Rita quando foi mãe, primeiro de Gabriel, e depois de Dora. Segundo ela, foi quando comida deixou de ser apenas prazer para se tornar fonte de saúde. Que, ela ressalta sempre, nada tem a ver com dieta, mas com usar ingredientes de verdade, fugir dos ultraprocessados e cozinhar receitas que são ao mesmo tempo saborosas e saudáveis. E práticas.
Foi do sucesso alcançado com o Panelinha que veio a ideia do programa Cozinha Prática, exibido pela primeira vez no GNT em 2012, e hoje já na 12ª temporada. É nele, aliás, que Rita mais se mostra. Brinca, dá risada, cria jargões (somos apaixonados pelo “desgourmetiza, bem!”), dança, faz caras, bocas, vozes e imitações (segundo os amigos, ela é ótima nisso). Mostra-se feliz, ainda que esteja fazendo na cozinha o arroz com feijão – literalmente. É disso que ela gosta. Apesar de formada em gastronomia, conta que nunca quis ser chef da alta cozinha, passa longe de técnicas sofisticadas e nem é fã de pratos muito elaborados. Come de tudo, testa de tudo e, tudo que aprende, conta. Ensinar a cozinhar é a sua missão. Sua inspiração: a mãe, que nunca foi de cozinhar e nem se interessa por isso. Rita costuma dizer que é pra ela que se dirige no programa quando ensina com detalhes um passo a passo, por mais simples que seja. E diz que, se conseguir despertar na mãe o interesse pelo fogão, para de trabalhar – o que faz a gente torcer para que “dona Lobo” não chegue nem perto das panelinhas!!
Hoje, 27 anos depois de ter ido a Nova York aprender a cozinhar, Rita Lobo tem no Panelinha site, produtora, editora, cozinha de testes e uma bela equipe. Mais que isso, ela se tornou a cara do selo e usou seu carisma e jeito descontraído, presentes não só nas gravações dos programas, mas nos textos das receitas, para transformar o Panelinha num fenômeno da culinária brasileira: as receitas do site recebem mais de 500 mil usuários por mês, os vídeos do Youtube somam mais de um milhão de visualizações e os sete livros lançados pela editora com autoria de Rita tiveram mais de 200 mil cópias vendidas – algo que nenhum outro chef alcançou no Brasil. Em todos os formatos, a fórmula é a mesma: ensinar a cozinhar, desde o básico, muito básico, como cortar a cebola ou tirar o cheiro de alho da mão, até jantares completos, lindos e saborosos, que ficam prontos em 40 minutos. Tudo prático, tudo benfeito, tudo bonito, tudo “ritado”!
pra mim esse rabino esta, como antes, dizendo:
ResponderExcluir"Voltemos as panelas do Egito cheias de carne"
...sim.....e das cebolas também!!!
ResponderExcluirNão ficou claro o teu comentário senhor RSouza
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