Uma das missões do Museu do Holocausto de Curitiba é assegurar que experiências individuais de vítimas da tragédia sejam recordadas, preservadas e transmitidas às futuras gerações. Por isso, ele faz um apelo aos familiares de sobreviventes que reconstruíram suas vidas no Brasil: não deixem que as histórias de seus pais, avós e bisavós repousem no fundo de uma gaveta.
É com esta premissa que o Museu iniciou a segunda etapa do projeto de recuperação de histórias pessoais. A meta é resgatar histórias de vítimas através do contato individual com cada família, por meio de fotos, documentos e depoimentos gravados. A primeira fase do projeto, ainda não finalizada, enfoca os sobreviventes que chegaram ao Paraná.
Para facilitar a catalogação, o Museu criou um “Formulário de Registro de Sobreviventes” para ser distribuído e preenchido por cada família. A ficha foi baseada no trabalho realizado há 20 anos pelo Museu do Holocausto de Washington, instituição que firmou parceria educativa com o museu curitibano.
De acordo com o coordenador-geral da instituição, Carlos Reiss, o projeto está ligado à filosofia educativa do Museu, que se assemelha ao Yad Vashem, em Jerusalém. “Trabalhamos com a perspectiva de que a Shoá não é uma história de milhões de pessoas, e sim milhões de histórias individuais, cada uma delas com um nome e um sobrenome. Resgatamos histórias de pessoas, de carne osso, para que possamos conta-las às próximas gerações”, enfatizou.
Informações: (41) 3093-7461 e e-mail.