“A lei judaica proíbe a cremação por ela ser antinatural e a maneira que mais desonra os mortos. A cremação representa a destruição ativa de nosso corpo, que é uma dádiva de Deus, por isso é imprópria. Finalmente, a falta de túmulo que a cremação gera tira da família a possibilidade de lidar com o luto e de ter um lugar para as próximas gerações poderem lembrar dos seus antecessores”, Rabino Adrián Gottfried (Comunidade Shalom).
“A cremação é considerada uma mutilação da substância física do falecido e uma ofensa à essência de seu espírito. Kibud há’met, o respeito pelos mortos, é um princípio fundamental do judaísmo. É com base nesse preceito que se proíbe a cremação. Somos ordenados a ‘retornar o corpo ao solo’ (Gênesis, 3:19) e deixar que ele se decomponha naturalmente”, Rabino Henry I. Sobel, em artigo publicado neste Chevra Kadisha Informa (ed. nº 23, março 2006).
“O povo judeu sempre deu valor especial ao enterro judaico, pois este é o elo que une a alma à eternidade, preparando o corpo para a ressurreição. A cremação transgride as proibições da Torá, além de demonstrar que o falecido não acreditava na ressurreição e na vida pós-morte – uma das bases do judaísmo –, deixando de merecê-la. Além disso, é considerada um costume idólatra”, Rabino Shamai Ende in “Leis e Costumes do Luto Judaico” (pág. 76)