Israel será realmente forçado a fechar seu aeroporto internacional, em caso de uma nova guerra no Líbano, disse o chefe do Hezbollah, Hassan Nasrallah.
Numa entrevista na televisão marcando o feriado muçulmano de Ashura, Nasrallah respondeu a comentários de um oficial das Forças Armadas que advertiu recentemente que deve acontecer uma Terceira Guerra do Líbano, e o Aeroporto Ben-Gurion e o Porto de Haifa seriam fechados desde o primeiro dia.
"Você vai ser obrigado a fechar os portos e aeroportos. Você não vai encontrar um único pedaço de terra em toda a Palestina que não será atingido por mísseis do Líbano", disse Nasrallah em um discurso televisionado que marcou o feriado muçulmano de Ashura.
Nasrallah também disse que estava despreocupado com a perspectiva de uma nova guerra com Israel.
Nasrallah também disse que estava despreocupado com a perspectiva de uma nova guerra com Israel.
"Ao contrário do que aparenta, Israel expõe a sua ansiedade", disse ele. "O nosso entendimento é que isso não vem de uma posição de força, mas sim de fraqueza."
Segundo Nasrallah, "os israelenses pensaram que os eventos regionais, especialmente na Síria, iriam enfraquecer a resistência e nossa preparação. Os israelenses coletam informações e baseiam suas suposições sobre o que está escrito nos jornais árabes e libaneses."
Aparentemente, ele estava se referindo a relatos de que o Hezbollah estava em estado debilitado por causa de suas grandes perdas na lutam pelo regime de Assad, na Síria.
O discurso de Nasrallah também se referiu à responsabilidade do Hezbollah pelo dispositivo explosivo no Monte Dov, na fronteira com Israel, e disse que a organização iria "responder a qualquer violação israelense no momento apropriado." Ele também mencionou a detonação de um dispositivo de escuta israelense encontrado no sul do Líbano, que matou um dos agentes da organização terrorista xiita, e sublinhou que "Israel compreendeu a nova equação."
Ao contrário do ano passado, Nasrallah optou por não participar fisicamente no evento comemorativo central em subúrbios do sul de Beirute. Dezenas de milhares de pessoas eram esperadas para assistir à procissão xiita tradicional.
O chefe do Hezbollah afirmou que Israel não atacou o Líbano, desde o início da guerra civil na Síria, porque o grupo não parou de patrulhar a fronteira do Líbano com Israel.
"Os olhos observando Israel devem permanecer abertos", disse ele. "Na verdade, a resistência é ainda mais determinada à luz dos acontecimentos na Síria."
Um dia antes, Nasrallah deixou seu esconderijo e estava fisicamente presente para um discurso em uma cerimônia na véspera do Ashura, no complexo Sayyid al-Shuhada, no sul de Beirute.
Nasrallah convidou o público para participar de eventos de Ashura em massa, apesar das ameaças. Ele dedicou seu discurso principalmente à evolução interna no Líbano, mas também se referiu à situação regional, esclarecendo que ao contrário de algumas afirmações, o conflito na área não tem sido entre sunitas e xiitas, mas sua luta mútua contra a hegemonia americana, israelense, e o Estado Militante Islâmico e a Frente Al-Nusra.
