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Terroristas do Hamas violaram o cessar-fogo

Israel bombardeia Gaza em resposta a disparos de mísseis do Hamas

As forças militares israelenses realizaram na manhã desta sexta-feira um bombardeio na Faixa de Gaza em resposta ao lançamento de foguetes por militantes palestinos. Dois projéteis foram disparados três horas antes do fim do cessar-fogo e caiu no Sul de Israel, sem causar vítimas, segundo o Exército israelense. O Hamas, que controla Gaza, negou ter agido antes do fim da trégua, e ainda não está clara a autoria da investida. Os novos ataques foram classificados pelas Forças de Defesa de Israel de inaceitáveis e intoleráveis.
"Terroristas violaram o cessar-fogo", escreveu o Exército israelense no Twitter.

Cerca de 35 foguetes foram lançados em Israel após o fim da trégua de 72 horas com o Hamas, que terminou às 2h da manhã desta sexta-feira (8h da manhã em Israel), informaram as forças militares. Alguns projéteis foram interceptados, outros atingiram áreas abertas em Israel e dois caíram em Gaza. Em resposta, as forças aéreas isralenses retomaram os ataques contra o território palestino.

Correspondentes dizem que os militares israelenses estavam usando tanques e navios de guerra em sua ofensiva. Autoridades afirmaram à BBC que um menino de 10 anos foi morto em um ataque aéreo perto de uma mesquita na Cidade de Gaza, mas os relatos não foram confirmados.

Em Gaza, dezenas de milhares de pessoas que haviam retornado às suas casas durante o cessar-fogo voltaram nesta sexta-feira aos abrigos das Nações Unidas após a retomada dos ataques. Muitos palestinos se refugiaram nos abrigos geridos pela ONU desde o início da ofensiva há mais de quatro semanas.
Em apenas uma escola, 800 pessoas retornaram. Um deles foi Nidal Sultan, de 21 anos, que tinha deixado o abrigo com seis membros de sua família em direção à cidade de Beit Lahiya, no Norte.

NEGOCIAÇÕES CONTINUARÃO NO CAIRO

Um porta-voz do grupo islâmico, que mantém o poder em Gaza, disse que autoridades palestinas não concordaram em estender o cessar-fogo, mas vão continuar as negociações no Cairo.
Cerca de meia hora antes do fim da trégua, o movimento islâmico Hamas anunciou no Cairo, que não manteria o cessar-fogo, diante da recusa do Estado judeu em aceitar suas exigências.
— Nos recusamos a prolongar o cessar-fogo, é uma decisão final. Israel não propôs nada e não aceitou acabar com o bloqueio sobre a Faixa de Gaza — declarou um membro da delegação do Hamas nas negociações no Cairo.
Durante uma longa reunião à noite, os mediadores egípcios insistiram com os palestinos na tentativa de obter uma prorrogação do cessar-fogo. Israelenses e palestinos realizavam no Cairo negociações bastante difíceis, com mediação do Egito, com a esperança de transformar o cessar-fogo em uma trégua duradoura.
Na quinta-feira, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse não estar certo de que a batalha terminaria.
— Tudo depende se querem continuar essa batalha. Devemos encontrar uma solução pacífica. Sim, é possível — declarou o premier, garantindo que Israel não tem nada contra o povo de Gaza e quer ajudá-lo a se livrar da "tirania espantosa" do Hamas, a organização islâmica que controla a Faixa de Gaza.
O braço armado do Hamas, as Brigadas Al-Qassam, apelou à delegação palestina no Cairo para que não aceitasse um cessar-fogo sem "a satisfação das demandas do nosso povo" e garantia sua "disposição para uma nova batalha". Entre as demandas estavam a construção de um porto marítimo, "um fim real da agressão (israelense) e uma verdadeira suspensão do cerco" à Faixa de Gaza.

RETOMADA DOS ATAQUES JÁ ERA ESPERADA

Mesmo antes da decisão do Hamas, os palestinos acreditavam na retomada dos combates na manhã de sexta-feira, disse uma fonte palestina.

— Se Israel continuar ganhando tempo, não vamos prolongar o cessar-fogo — declarou um membro da delegação palestina no Cairo, que pediu para não ser identificado.

Ansioso para ditar seus termos nas negociações para não parecer que cede às reivindicações do Hamas, Israel havia tomado a dianteira na noite de quarta-feira e anunciou sua disposição de estender a trégua de forma ilimitada, sem qualquer condição.

Iniciada em 8 de julho passado, a operação israelense Barreira Protetora matou 1.890 palestinos, incluindo 430 crianças, de acordo com o Ministério palestino da Saúde. Segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), 73% das vítimas são civis. Do lado israelense, 64 soldados e três civis morreram.




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