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Mohammad Deif o mais procurado em Gaza por Israel

Deif, de 53 anos, conseguiu sobreviver a pelo menos quatro tentativas de assassinato por Israel; na última perdeu parte de uma mão e parte de uma perna.

Por Daniela Kresch
Mohammad Deif o mais procurado em Gaza por Israel

TEL AVIV — Ele é o homem mais procurado por Israel em Gaza. Chama-se Mohammad Deif, comandante do braço armado do Hamas, as Brigadas Izz ad-Din al-Qassam, um verdadeiro exército com 10 mil militantes. Deif, de 53 anos, conseguiu sobreviver a pelo menos quatro tentativas de assassinato por Israel entre 2001 e 2006. Na última delas, perdeu parte de uma mão e parte de uma perna.
Nascido em Gaza, Deif se alistou no Hamas na primeira intifada palestina (1986). Foi preso em 1989 e passou um ano e meio numa prisão israelense. Mas logo que foi libertado, voltou à luta armada, como discípulo de Yehyia Ayash, o “engenheiro”, fundador e líder das Brigadas, que desenvolveu bombas avançadas para suicidas. Quando Ayash foi morto por Israel, em 1996, Deif o sucedeu. Sua primeira decisão como líder das Brigadas foi vingar a morte de Ayash com uma série de atentados contra Israel. Os israelenses acreditam que ele é responsável direto pelas mortes de mais de 60 civis em Israel.

As Brigadas Izz ad-Din al-Qassam — nome de um clérigo muçulmano que lutou contra os britânicos e os judeus, nas décadas de 20 e 30 do século passado —nasceram seis anos depois do Hamas, em 1992, e são parte integral do grupo islâmico, mas têm certa independência na tomada de decisões. As brigadas alistam jovens palestinos, que adotam pseudônimos, usam máscaras e são treinados na Síria e no Irã para operações contra Israel.

— A maioria dos jovens recrutados vivem em péssimas circunstâncias em Gaza, principalmente em campos de refugiados. Desde jovens, eles absorveram as mensagens do movimento islâmico — explica o jornalista israelense Shlomi Eldar.

Em 2010, Mohammad Deif escreveu: "As Brigadas al-Qassam estão melhor preparadas para continuar com nosso caminho inclusive ao qual não há outra alternativa, o caminho da jihad e da luta contra nossos inimigos da ação muçulmana e do mundo. Dizemos a nossos inimigos: vocês estão no caminho da extinção e a Palestina vai se tornar nossa, desde o Mar Mediterrâneo até o Rio Jordão, do Norte ao Sul. Vocês não têm direito a um centímetro dela”. (D.K.)

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