Companhias aéreas americanas, europeias e do Canadá suspenderam nesta terça-feira voos para o Aeroporto Internacional Ben Gurion, em Tel Aviv, diante do acirramento do conflito entre Israel e o Hamas. A operação israelense "Limite Protetor" entrou em sua terceira semana nesta terça-feira, e a incursão terrestre na Faixa de Gaza chega ao seu quinto dia, com um saldo de 608 palestinos mortos, contra a morte de 27 soldados e dois civis israelenses. Israel rejeitou formalmente um pedido de cessar-fogo humanitário em Gaza, enquanto um foguete palestino atingiu pela primeira vez o centro do território israelense.
O cancelamento dos voos com origem e destino para Israel vem após a queda de um foguete em Yehud, perto do aeroporto Ben-Gurion. Esta é a primeira vez que um foguete de Gaza atinge um edifÃcio no centro de Israel, o que provocou ferimentos leves em um civil e duas pessoas ficaram em estado de choque. Um voo da Delta Airlines de Nova York para Israel pousou em Paris após a decisão da Administração de Aviação Federal (FAA, na sigla em inglês) dos EUA de proibir as companhias aéreas americanas de voarem para Tel Aviv.
A KLM e a Air Canada anunciaram o cancelamento dos voos desta terça-feira, enquanto a Air France suspendeu as viagens indefinidamente, de acordo com a agência Reuters. Já a Lufthansa Airlines — que inclui Germanwings, Austrian Airlines e Swiss Air — interrompeu o serviço por até 36 horas.
O Ministério dos Transportes de Israel pediu às companhias aéreas para reverteram sua decisão alegando que o aeroporto era "seguro para pousos e decolagens".
"O Aeroporto Ben-Gurion é seguro e totalmente protegido e não há nenhuma razão para as empresas americanas interromperem seus voos e darem um prêmio ao terror", disse em um comunicado, segundo o jornal israelense "Haaretz".