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Hamas rejeita cessar-fogo proposto pelo Egito

Grupo radical islâmico recusa-se a depor as armas antes de um acordo sobre fim do bloqueio de Gaza e libertação de prisioneiros. Fogo-cruzado já deixou quase 200 mortos nos últimos dias, todos do lado palestino.
Rafah, no sul da Faixa de Gaza, atingida por ataques aéreos de Israel
Após uma das semanas mais violentas em anos de conflito com o grupo radical islâmico Hamas, Israel aceitou nesta terça-feira (15/07) uma proposta de cessar-fogo feita pelo Egito. O Hamas, no entanto, nega ter recebido qualquer comunicação a respeito e rejeitou a deposição de armas antes da chegada a um acordo que ponha um fim ao cerco imposto à Faixa de Gaza.
Segundo comunicado do gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, a trégua passaria a contar a partir das 9h da manhã desta terça-feira (hora local). Até o momento, não há informações sobre o lançamento de foguetes contra Israel a partir do horário estipulado. O Exército afirma que apenas dois projéteis atingiram o sul do país durante a noite, e outros dois foram disparados 15 minutos antes do acordo entrar em vigor.
O saldo de mortes do atual conflito já chegou a 192 – todos palestinos, e em grande parte civis. O número de feridos já passa de 1.400, segundo o Ministério da Saúde de Gaza.
O presidente palestino, Mahmoud Abbas, aprovou a iniciativa egípcia, mas o Hamas, que detém o controle da Faixa de Gaza, manifestou-se contra o pacto de não agressão. “Repudiamos um cessar-fogo antes que se chegue a um acordo”, afirmou o porta-voz da liderança política da organização, Sami Abu Zuhri.
Em entrevista ao canal de TV palestino Al-Aqsa, um dos líder do Hamas, Ismail Haniya, disse que deseja que as agressões acabem, mas que “foi a ocupação que começou esta guerra e é ela que deve terminá-la”. “Nós temos as nossas condições para que ela [a guerra] acabe. A mais importante é que o cerco imposto à Faixa de Gaza tenha um fim e que nossos prisioneiros sejam libertados”, completou.
O braço armado do Hamas – as Brigadas Ezzedine Al-Qassam –, também rejeitou a proposta, que “não vale a tinta com que foi escrita”. A facção também prometeu intensificar os ataques contra Israel.
O Hamas não mantém relações com o Egito desde a queda do ex-presidente Mohammed Morsi, que é um dos líderes do grupo islâmico Irmandade Muçulmana.
A onda de violência na região foi desencadeada pela morte de três jovens israelenses, sequestrados em 12 de junho, e pelo posterior sequestro e assassinato de um adolescente palestino, apontado como um ato de vingança.
Na última terça-feira, Israel lançou a campanha Operação Margem de Proteção, que tem como objetivo acabar com o terrorismo na Faixa de Gaza, com o Hamas como alvo. Mais de mil projéteis foram disparados contra Israel nos últimos oito dias, segundo o Exército israelense, mas não deixaram mortos, sobretudo graças ao sistema antimísseis Iron Dome.
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