Gaza e Tel Aviv - Nesta sexta-feira (11), o líder
do Hamas, Mahmoud al-Zahar, declarou que o grupo está pronto para
"combater por meses" contra os israelenses."Um cessar-fogo deverá
respeitar as condições impostas pelo Hamas, como a remoção dos bloqueios
à Gaza e a libertação de pessoas presas nos últimos meses. Estamos escrevendo uma nova página", falou al-Zahar.
Até
o momento, o confronto já causou mais de 100 mortes - a maioria entre
os palestinos. Porém, o governo israelense acusa o Hamas de atacar uma
escola em Gaza, afirmando que "dentro da instituição foi criado um túnel
com fins terroristas". Ainda de acordo com Israel, o país interceptou
2/3 dos mísseis atirados contra as cidades israelenses através do
sistema de defesa.
O novo objetivo
do Hamas é acertar o aeroporto de Ben Gurion, em Tel Aviv. Segundo os
israelenses, foram interceptados quatro mísseis contra o local ontem
(10). O grupo assumiu que está mirando no aeroporto e emitiu um "alerta"
para as companhias aéreas. "O aeroporto está inseguro porque pode ser
atingido com ataques da Faixa de Gaza", informou a Brigada Ezzedeen
al-Qassam (braço militar do Hamas) para a agência de notícias palestinas
Maan.
Ainda ontem várias lideranças internacionais
pediram um cessar-fogo imediato na região. O secretário-geral das Nações
Unidas, Ban Ki-moon, chamou o Hamas de "irresponsável" e criticou
Israel pelo "uso excessivo de força contra os civis palestinos".
A
nova onda de violência entre os dois povos ocorreu após a morte de
quatro adolescentes - três israelenses e um palestino - por militantes
extremistas. (Ansa Brasil)