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Comunidade judaica faz ato em SP em defesa de Israel

Comunidade judaica faz ato em SP em defesa de Israel Ato da comunidade judaica a favor da paz e pelo direito de Israel se defender reuniu ao menos 2000 pessoas, segundo estimativa da Polícia Militar, na noite desta quinta-feira (24), na região central de São Paulo.
Convocado pela Juventude Judaica Organizada (JJO) e pela Federação Israelita do Estado de São Paulo, o evento foi realizado na Praça Cinquentenário de Israel, em Higienópolis. As vias no entorno da pequena praça foram bloqueadas para o trânsito pela Polícia Militar e por agentes da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET).
Durante todo o ato, o advogado Pérsio Bider, integrante da JJO, insistia em deixar claro que não se tratava de um ato político, mas a favor da paz. “Nossos atos não são nada políticos, nada religiosos. E este ato já havia sido marcado previamente, mas acabou coincidindo”, ressaltou Bider, referindo-se ao imbróglio diplomático envolvendo as chancelarias de Brasil e Israel.
Depois do ato, os organizadores deixaram claro que o governo brasileiro errou ao não dispensar o mesmo tratamento aos dois lados do conflito: israelenses e os terroristas do Hamas. No entender de Persio Bider, o governo, inclusive, estaria “importando o conflito” para o Brasil.
“É uma situação que preocupa bastante, pincipalmente porque, infelizmente, o Planalto não quer ter o conhecimento necessário dos dois lados do conflito. Foi uma situação totalmente unilateral, que condena Israel, mas não condena o Hamas. Então, para a gente é muito triste, pelo fato de que o Brasil está importando o conflito para cá. E a gente não precisa que importe conflito
Comunidade judaica faz ato em SP em defesa de Israel
Persio Bider, da Juventude Judaica Organizada
(Foto: Marcelo Mora/G1)
. Nós vivemos em paz aqui, judeus e árabes”, justificou.
O advogado considera que é o Brasil que age de maneira desproporcional ao tratar Israel de forma distinta com que lida com o Hamas. A diplomacia brasileira condenou o uso desproporcional da força por Israel em Gaza.

“Eu vejo como desproporcional como o Brasil trata o conflito entre Israel e a Palestina. Na verdade, não é entre Israel e Palestina, isso que tem de ficar muito claro. É entre Israel e Hamas, um grupo terrorista que prega a destruição dos judeus. Infelizmente, o governo brasileiro errou muito e nós somos muito críticos em relação a isso, porque eu sou brasileiro, não sou israelense. Errou por quê? Porque tem de ouvir as duas partes. Desproporcional é como eles estão tratando esse tema”, concluiu.

Henry Gherson, assessor executivo da federação israelita de São Paulo, também cobrou maior equidade por parte do Brasil ao tratar com os dois lados do conflito.
“Se posicionando contra Israel e contra as ações israelenses, o Brasil ignorou completamente o grupo terrorista Hamas, ignorou as suas ações, ignorou toda a sua tática de guerra, que é colocar civis na linha de fogo, para morrerem e mostrar na mídia depois. Que as críticas feitas a Israel também sejam feitas ao Hamas. A gente sabe que toda guerra tem lados errados dos dois lados, mas é muito estranho que um país ignore um grupo terrorista, que em seu estatuto diz que quer destruir o estado judaico, e o Brasil ignora isso”, afirmou.
Segundo ele, Israel busca principalmente uma resolução pacífica do conflito. “Israel quer a paz, o povo judeu quer a paz e a nossa manifestação e de todas as comunidades judaicas no Brasil é para isso. Israel aceitou três cessar-fogo; o Hamas, não”, completou.

Confederação Israelita do Brasil
Por meio de nota, a Confederação Israelita do Brasil (Conib) manifestou nesta quinta-feira sua indignação com a posição do Ministério das Relações Exteriores, “na qual se evidencia a abordagem unilateral do conflito na Faixa de Gaza, ao criticar Israel e ignorar as ações do grupo terrorista Hamas”.

Segundo a Conib, “fatos inquestionáveis demonstram os inúmeros crimes cometidos pelo Hamas, como utilização de escolas da ONU para armazenar foguetes, colocação de base de lançamentos de foguetes em áreas densamente povoadas e ao lado de hospitais e mesquitas”.

No comunicado, a confederação exortou”o governo brasileiro a pressionar o Hamas para que se desarme e permita a normalização do cenário político palestino” e lamentou “o silêncio do Itamaraty em relação à política do Hamas de construir túneis clandestinos, em vez de canalizar recursos para investir em educação, saúde e bem-estar da população na Faixa de Gaza”.

Para a Conib,  a nota do Ministério das relações exteriores desta quarta-feira “só faz aumentar a desconfiança com que importantes setores da sociedade israelense, de diversos campos políticos e ideológicos, enxergam a política externa brasileira”.

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