
A embaixada de Israel em Amã também enviou uma carga de protesto à Chancelaria jordaniana.
O
artigo foi publicado na última segunda-feira no jornal "Jordan Times",
declarou o porta-voz do Ministério hebreu, Yigal Palmor.
No
texto, intitulado "A grande mentira sionista e a tarefa para o futuro",
Kamel Abu Jaber, ministro jordaniano das Relações Exteriores de 1991 a
1993, retoma uma citação de "Minha Luta" de Hitler: "Numa Grande Mentira
há sempre uma certa força de credibilidade".
"A grande mentira
sionista sobre a Palestina - 'uma terra sem povo' - que todo o mundo
ocidental adotou, e o mito bíblico (...) do 'povo eleito' foram os
fatores mais importantes por trás de todas as tragédias que a Palestina e
os palestinos viveram desde (...) l897", afirmou o ex-ministro.
"Nós, os outros árabes, jordanianos e palestinos particularmente, somos vítimas de uma enxurrada de mentiras", continuou.
Esse
artigo "é, na essência, anti-israelense, ainda mais por se basear em
'Minha luta'. Isso constitui uma linha vermelha", afirmou Palmor. Além
disso, o texto foi publicado no dia em que os israelenses homenageiam as
seis milhões de vítimas judias do nazismo - "o que não foi
coincidência", denunciou a carta da embaixada de Israel.
Os israelenses pedem "atos duros" contra Abu Jaber e contra o jornal.
As
tensões entre Israel e a Jordânia, que assinaram um tratado de paz em
1994, aumentou recentemente após uma série de confrontos entre
palestinos e forças de segurança israelenses na Esplanada das Mesquitas,
em Jerusalém. A Jordânia é o guardião oficial do lugar.