Em seu romance de estreia, “O povo eterno não tem medo”, Shani Boianjiu, que serviu por dois anos às Forças Armadas de seu país, mostra como é o dia a dia de três jovens no Exército – e como é ser mulher em um ambiente tão masculino como esse.
Já se imaginou servindo o Exército? Pois para Shani Boianjiu, todos deveriam fazer isso. A israelense de 25 anos defende uma prática que é obrigatória em seu país a todos os jovens acima de 18 anos. Com ela, isso também aconteceu. Shani esteve nas Forças Armadas de Israel por dois anos como instrutora de tiro. A experiência a marcou tanto que as emoções se transformaram em letras e ficção e foram parar no livro “O povo eterno não tem medo”, recém-lançado no Brasil pela editora Alfaguara.
No livro, ela mostra a vida de três adolescentes saídas da escola que vão ao Exército e como descobrem a maturidade, o amor e a realidade. O romance de estreia lhe rendeu o prêmio “5 Under 35” (em tradução livre, “5 abaixo de 35”), da National Book Foundation.
A israelense foi a mais jovem escritora a conquistá-lo e, com isso, se transformou em uma das principais promessas literárias da Europa. Antes de publicar seu primeiro livro, Shani estudou em Harvard e teve textos publicados em jornais como “The New York Times”, “The Wall Street Journal” e “The Guardian”. Em entrevista , Shani fala mais sobre suas experiências, conta que foi tratada de forma diferente por ser uma mulher no Exército e diz não acreditar que verá a paz entre israelenses e palestinos.
Não escrevi o livro com nenhum objetivo em mente. Três dos principais personagens do livro são mulheres. Escrevi o livro entre os 20 e 24 anos. É natural que estivesse interessada em contar sobre essa faixa etária e a experiência militar é uma realidade entre ela. Em grande parte da história, os personagens estão também no ensino médio ou acabaram de passar pelo serviço militar. Há muitos deles que não são soldados ou mesmo israelenses.
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