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Parashat Bô - Venha

Parashat Bô (Venha) Toda forma de opressão deve ser combatida, seja intelectual, social, profissional e até mesmo religiosa! A porção que leremos esse Shabat, inicia-se com a ordem de Deus a Moshé para que venha falar com o Faraó. Venha? (Bô) Perguntam os comentaristas de plantão, porque Deus utilizou a palavra “venha”, quando aparentemente deveria dizer, “vá” ? 

A sogra do Rabi Yehuda Leib de Gur, (autor do famoso livro “Sefát Emet), Rabanit Feigue, costumava responder essa pergunta dizendo que Deus com sua grandeza, teve a intenção de acalmar Moshé diante da tensão de encontrar novamente o líder máximo do Egito, como se Deus estivesse dizendo: venha comigo ao encontro do Faraó. O Rebe de Kotzk acrescentou que a presença divina, “preenche todo o mundo com sua honra” (Ishayau 6,3) 

E por isso Deus teria se utilizado desta linguagem, para dizer: “Venha comigo e estarei contigo em todos os teus caminhos”. 

Na sequencia a Torá descreve como ocorreram as ultimas três pragas sobre o Egito, que culminaram com a libertação do povo. Uma imensa nuvem de gafanhotos, infesta todo o território egípcio (10,14) e destrói toda a plantação da qual seu povo dependia. Contudo, o Midrásh nos conta, no nome de Rabi Yochanan, que ao se encontrarem no caos da destruição total de suas fontes de sobrevivência, os egípcios alegraram-se ao verem nos gafanhotos uma esperança para o combate da fome iminente. 

Isso deixou Deus ainda mais insatisfeito com sua postura, pois os castigos que se abateram sobre os opressores, representavam uma punição para seus próprios atos. Por este motivo, apenas com relação a esta praga, a Torá afirma o posterior desaparecimento de todos os gafanhotos do limite das terras por meio de um forte vento oceânico,(10,19) inclusive os que não haviam la chegado através da praga. De acordo com sábio comentarista Rashi, até mesmo aqueles que já estavam salgados e armazenados em barris, como sendo um reforço da dura lição de conduta que estavam recebendo, por terem oprimido o povo Hebreu. 

A ultima praga, como um tiro de misericórdia, ao tocar profundamente o intimo de cada família egípcia, põe fim ao domínio que tinham sobre nosso povo, mas não finda totalmente a opressão, por isso, ainda foram castigados mais uma vez no fechamento do mar. Seguem-se poucas palavras após a saída do povo, e logo ao tornarem-se pessoas livres, acabam naturalmente por incorporar características de organização e consciência coletiva, o que os capacita a receber sobre si de forma plena, o compromisso com os mandamentos divinos, que passam a compor seus costumes e tradições religiosas, vários deles instituídos ainda nessa porção. 

No fim das contas, juntando estas reflexões a essência dos valores que transmitem ao mundo e a realidade individual de cada ser humano, podemos concluir, que Deus nos chama todo o tempo, para fora de nossa condição de escravos de nossa rotina, nossos defeitos, ou da imagem que projetam de nós. 

Através do amadurecimento de nossos questionamentos, podemos chegar a essa libertação de nosso próprio julgo opressor ou das imperfeições que possuímos, encontrando Nele sempre a resposta certa. Seu desejo de que prosperemos e elevemos sua essência inserida em cada um de nós no mundo perfeito que criou, deve sempre direcionar nossa motivação para vencer a vitória de todos, com humildade e integridade. Mas como procuramos Deus? 

Deixando a barba crescer, dirigindo uma instituição ou fazendo grandes doações nominais? Nossos sábios dizem (Midrásh) que a nona praga, da escuridão total, teria tido também o objetivo de remover uma camada da população judaica, que tinha fortes influencias com autoridades egípcias e por isso viviam em meio a riqueza e tranquilidade e afirmavam publicamente seu desejo de permanecer naquela terra desrespeitosa de valores obscuros. 

Ainda que manifestaram publicamente um mal exemplo ao resto do povo, tiveram seu castigo de forma silenciosa e anonima, em nome de sua própria dignidade. Muitas vezes acreditamos estar em segurança por conhecermos as pessoas certas, mas a grande lição aqui obviamente é que sejamos justos e confiemos no grande Deus, Criador de tudo, que representa o exemplo maior de justiça e verdade. Buscar a liberdade pelo caminho da justiça, nos aproxima de Deus da forma mais intensa e verdadeira, atendendo ao seu desejo de prosperidade em TUDO que com sua bondade criou. 

As outras duas pragas citadas e a forma como se relacionam ou poderão se relacionar a nossas vidas, ficam para a reflexão, na consciência e no coração de cada amigo que estiver lendo esta mensagem. Que possamos iluminar o mundo com a prática da bondade e da justiça em todos os aspectos de nossas vidas. 

Shabat Shalom, Umevorách! 

Um Shabat de Paz e abençoado! 

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