
Algumas das principais leis e tradições judaicas foram compiladas no ano 499 DC no Talmud, que reúne 63 tratados legais, éticos e históricos. O Talmud inclui o mais antigo conselho de alocação financeira de que existe registro, escrito pelo rabi Issac bar Aha:
«A riqueza pessoal deve ser dividida em três partes: um terço deve ser investido em terrenos, um terço em negócio e mercadorias e o restante terço deve ficar disponível para utilização imediata» (adaptação do original aramaico – Talmud Bavli, Baba Mezi’a, 42a).

No final do Império Romano, o estado da agricultura havia-se deteriorado de forma significativa. Muitos terrenos foram expropriados dos seus proprietários originais, que foram feitos escravos. Pelo contrário, o comércio era visto como a chave para a segurança econômica, e foi através desta atividade que os judeus prosperaram nos séculos seguintes.
Não surpreende, assim, a preocupação de não deter toda a riqueza numa só classe de ativo. Na verdade, as regras não mudaram muito em 1.600 anos. Com as devidas adaptações ao mundo atual, o que o rabi Issac propõe é o investimento em três classes de ativo:
- imobiliário;
- ações (“negócio e mercadorias”);
- obrigações e tesouraria (“disponível para utilização imediata”).