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Yom Kippur 5774


Yom Kippur, o 10o dia do mês hebraico de Tishrei, é o Dia do Perdão. Quando o Templo Sagrado de Jerusalém estava de pé, o ponto central desse dia era o serviço lá realizado pelo Cohen Gadol, o Sumo Sacerdote.


Somente no dia mais sagrado do ano, o Cohen Gadol, que era o homem mais santo de todo Israel, tinha a permissão de entrar no Kodesh HaKodashim - o local mais santificado dentro do Templo, onde D'us explicitamente revelava Sua Presença. Apenas em Yom Kipur o Cohen Gadol era requisitado a realizar praticamente o serviço inteiro no Templo, a Avodá, que ajudava o Povo Judeu a obter perdão por seus pecados no ano que transcorrera.

As restrições que têm que ser cumpridas nesse dia sagrado - a proibição de comer, beber, banhar-se, untar-se, usar calçados de couro e ter relações conjugais - combinadas com a Avodá executada pelo Cohen Gadol, visavam suavizar os pecados de cada indivíduo e tornar D'us mais receptivo ao seu arrependimento.

Quem era o Cohen Gadol? E por que Yom Kipur girava em torno dos serviços que ele realizava no Templo Sagrado? A Torá nos conta que D'us escolheu Aharon, irmão de Moshé, e seus descendentes do sexo masculino, para serem Seus Sacerdotes e servir em Seu Santuário. Aharon e seus filhos, os Cohanim, foram "separados pelo D'us de Israel da congregação de Israel, para vos fazer chegar a Ele", para servir como sacerdotes e líderes espirituais, "ensinando Tuas leis a Yaacov e Tua Torá a Israel; porão incenso de especiarias diante de Ti e oferendas de elevação sobre o Teu altar" (Números, 16:9; Deuteronômio, 33:10).

D'us nomeou os Cohanim para o desempenho de um cargo que exigia que vivessem em um nível mais elevado de santidade do que o restante do Povo Judeu. Entre os Cohanim havia o Cohen Gadol, Sumo Sacerdote, que ocupava a posição suprema de santidade. O primeiro Cohen Gadol foi o próprio patriarca dos Cohanim, Aharon, a quem D'us indicou para o cargo e que, juntamente com seus filhos, serviu no Tabernáculo - o Templo portátil construído pelo Povo Judeu enquanto esteve no deserto em sua longa jornada a caminho da Terra de Israel.

O serviço de Yom Kipur no Templo, a Avodá, tinha tamanha importância que até hoje continua fazendo parte da liturgia recitada em todas as congregações judaicas do mundo, nesse dia mais sagrado do ano.

Recitamos a ordem da Avodá durante a oração de Mussaf para que - como ensinava o profeta Hoshea - a expressão de nossos lábios compense a ausência dos serviços que eram conduzidos no Templo de Jerusalém. Através da prece sincera e da recitação da Avodá, tentamos replicar em espírito aquilo que o Cohen Gadol conseguia através da realização de seu serviço. Pois, apesar da não existência do Templo Sagrado em nossos dias, em Yom Kipur todos os judeus, mesmo aqueles que não são Cohanim, são obrigados a agir como o fazia o Cohen Gadol, realizando o seu serviço espiritual que se compare aos rituais que se realizavam no Tabernáculo e no Templo Sagrado de Jerusalém, o Beit HaMikdash. 

Quando o Templo foi destruído, perdemos apenas seu arcabouço físico. O Templo espiritual continua a existir dentro da alma de cada um de nós, judeus, e aí continuará eternamente. O edifício espiritual interior de um judeu não pode ser destruído - jamais e por ninguém.

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