Caco Ciocler está a todo
vapor. Além de dirigir a peça “No Exit – entre quatro paredes” e voltar
à TV na próxima novela das 19 horas, “Além do Horizonte” - primeira
novela de Marcos Bernstein -, o ator vai estrear como diretor de um
documentário. Trata-se de “Rosa de Hamburgo”, sobre a esposa do escritor
Guimarães Rosa. Ciocler passou cinco dias em Israel gravando cenas do
filme e contou um pouco da experiência atrás da câmera.
O que a vida de Aracy de Carvalho Guimarães Rosa teve de interessante para virar tema de um documentário?
Nem sei por onde começar. Ela salvou inúmeras vidas na Alemanha nazista, quando trabalhava como secretária no consulado brasileiro em Hamburgo. Teve a coragem de desobedecer o regime e também as ordens diretas do governo brasileiro. Poderia falar sobre a paixão que viveu com Guimarães Rosa, sobre a influência que teve na vida e na obra dele. Foi uma mulher que fez questão de ser protagonista em uma época onde à mulher cabia ser coadjuvante. Desafiou o regime ditatorial brasileiro dando abrigo e ajudando alguns de seus perseguidos. Anotou e guardou mais de 80 anos de seu cotidiano monumental e morreu aos 102 anos esquecendo e sendo esquecida. Foi vítima de Alzheimer e de um país também sem memória.
Nem sei por onde começar. Ela salvou inúmeras vidas na Alemanha nazista, quando trabalhava como secretária no consulado brasileiro em Hamburgo. Teve a coragem de desobedecer o regime e também as ordens diretas do governo brasileiro. Poderia falar sobre a paixão que viveu com Guimarães Rosa, sobre a influência que teve na vida e na obra dele. Foi uma mulher que fez questão de ser protagonista em uma época onde à mulher cabia ser coadjuvante. Desafiou o regime ditatorial brasileiro dando abrigo e ajudando alguns de seus perseguidos. Anotou e guardou mais de 80 anos de seu cotidiano monumental e morreu aos 102 anos esquecendo e sendo esquecida. Foi vítima de Alzheimer e de um país também sem memória.
Como foram as filmagens em Israel?
Foi muito emocionante revisitar Jerusalém depois de 25 anos e presenciar o tamanho da gratidão que Israel tem por Aracy. Visitamos o Museu do Holocausto, onde uma árvore foi plantada na Avenida dos Justos em sua homenagem. Em Israel, gravamos apenas em Jerusalém. Filmamos também em Sydney, na Austrália, e em Berlim, Hamburgo e Baden-Baden, na Alemanha. Agora, estamos gravando a parte brasileira.
Foi muito emocionante revisitar Jerusalém depois de 25 anos e presenciar o tamanho da gratidão que Israel tem por Aracy. Visitamos o Museu do Holocausto, onde uma árvore foi plantada na Avenida dos Justos em sua homenagem. Em Israel, gravamos apenas em Jerusalém. Filmamos também em Sydney, na Austrália, e em Berlim, Hamburgo e Baden-Baden, na Alemanha. Agora, estamos gravando a parte brasileira.
Fonte: Veja SP