
A fé drusa, um desdobramento do islamismo acentuado pela filosofia grega antiga e outras tradições, foi fundada no Egito da dinastia Fatídima no final do século X. Entre os primeiros líderes da fé estavam Hamza Ben-Ali e Mohamed al-Darazi. O nome popular da fé, drusa, deriva do nome de Mohamed al-Darazi, entretanto os drusos chamam a si mesmos Al-Muwahidun, da palavra árabe "unidade", destacando, assim, o seu monoteísmo, ou al-Ma'aruf, derivado da palavra "conhecimento".
Os drusos acreditam que Hamza foi o último dos escolhidos por Deus para revelar a Sua verdade para a humanidade, e este foi precedido por Adão, Noé, Abraão, Moisés, Jesus e Maomé.
Com o passar do tempo, o centro de sua fé mudou do Egito para o Líbano e a Síria, e ganhou novos crentes, particularmente na região em volta do Monte Hermon.
Na metade do século XI a fé se fechou para novos membros. Até a data presente a conversão para a fé drusa não é possível e esta acredita que as almas drusas continuam a reencarnar continuamente.
Para evitar sua perseguição, os drusos guardam os segredos de sua fé dentre poucas e selecionadas pessoas. Até o presente, estes indivíduos, tanto homens quanto mulheres conhecidos como "ukal", são escolhidos pelos líderes da comunidade baseados, principalmente, em seu estilo de vida moral, e eles se aprofundam no conhecimento dos livros drusos sagrados.
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Os homens drusos religiosos podem ser reconhecidos pelas suas cabeças raspadas, solidéus e pantalonas escuras. As mulheres religiosas vestem vestidos escuros e usam lenços brancos na cabeça.
Os drusos têm muito poucas cerimônias, a parte dos eventos em seu ciclo de vida. Eles frequentam uma casa de orações, ou hilva, fazem votos a Deus para a cura e outras necessidades, e celebram os dias de peregrinação dos líderes da sua fé, incluindo Nebi Shueib (Jethro), Nebi Yaf'our, Nebi Sabalan, Abu Abdullah, El-Khader e Nebi Zakariya. Entre as suas proibições estão o consumo de álcool e as apostas.
Eles são muito leais aos países em que vivem; em Israel os homens jovens drusos servem nas Forças de Defesa de Israel.
A bandeira drusa oscila em seus sítios sagrados e em suas cidades, freqüentemente junto com a bandeira israelense. Dizem que as cinco cores da bandeira representam o líder Hamza e os proclamadores principais da fé.
Outra interpretação é que o verde simboliza a natureza, o vermelho o coração, o amarelo o trigo, o azul a água e o céu e o branco a pureza.
Nos sítios sagrados drusos, que estão quase sempre abertos, os visitantes devem remover seus sapatos antes de entrar e se vestir de forma modesta (blusas com mangas compridas e lenços para a cabeça podem sempre ser encontrados perto da entrada).
É proibido tirar fotografias lá dentro.