Israelenses e palestinos retomam nessa quarta-feira em Jerusalém as negociações de paz mediadas pelos Estados Unidos, depois de quase três anos de impasse. Na noite de terça-feira, 26 prisioneiros palestinos foram libertados, como parte das condições para o diálogo.
Em visita ao Brasil nesta terça-feira, o secretário de Estado
americano, John Kerry, principal mediador do processo, garantiu que o
presidente palestino, Mahmoud Abbas, está engajado em continuar o
diálogo com o governo israelense, mesmo depois do anúncio feito na mesma
data sobre a construção de mais 942 casas em colônias de Jerusalém
Oriental. A nova onda de colonização no local onde os palestinos querem
estabelecer a capital de seu Estado, provocou protesto e reações
indignadas de líderes políticos.
Em uma conferência de imprensa ao lado do ministro das Relações
Exteriores, Antônio Patriota, Kerry afirmou que as construções são
"ilegítimas" e reforçou a urgência de estabelecer um acordo entre as
duas partes sobre as fronteiras e a segurança. A iniciativa também foi
criticada pela União Europeia.
No domingo, Israel havia revelado outro aumento nas ocupações,
representando um total de mais de 3 mil novos imóveis anunciados às
vésperas da retomada do processo de paz. Segunda a imprensa israelense, a
decisão por mais colônias foi tomada para acalmar a aliança dirigida
pelo primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.