"Ki hamitsvá hazot asher anochi metsavechá hayom lô niflet hi mimechá velô rechocá hi. Lô Bashamáyim hi lemor mi yaalê lánu hashamáyma veyicachêha lánu vetashmienu otá venaassêna. Velô meêver layam ... ki carov elêcha hadavar meod beficha uvilvavechá laassotô" (Devarim 30:11-14) – Porque este mandamento que Eu te ordeno hoje não está fora de seu alcance, nem está longe de você. Não está nos Céus para dizeres: Quem subirá por nós ao céu para nos trazê-lo e fazer-nos ouvir para que o observemos. Nem está além do mar para dizeres: Quem passará por nós além do mar para nos trazê-lo e fazer-nos ouvir para que o observemos. Pois isto está muito perto de ti, na tua boca e no teu coração para que o observes.
Em seu comentário sobre a Torá, o Ramban nos diz que na passagem acima mencionada, ki hamitsvá hazot – que este mandamento, a Torá se refere ao mandamento da teshuvá – arrependimento.
Faremos aqui algumas observações sobre a teshuvá, uma vez que esta Parashá é geralmente lida no Shabat antes de Rosh Hashaná, quando têm início "Asseret Yemê Teshuvá" – os dez dias de arrependimento.
Já que a Torá nos diz que a teshuvá está muito próxima de nós e que ela é de fácil alcance, por que então não nos recuperamos imediatamente? Por que os "baalê teshuvá" (adeptos da teshuvá) não são maioria? Uma das respostas, é que o ser humano acostuma-se à situação na qual se encontra. Se sentisse o quanto se distanciou da Torá e de suas mitsvot, imediatamente tomaria o caminho da teshuvá.
O que é teshuvá?
O que devemos fazer para cumprir as exigências da teshuvá?
Para responder a primeira pergunta, traremos o versículo de Cohêlet (7:29): "Haelokim assá et haadam yashar vehema bikshu cheshbonot rabim" – O Todo-Poderoso criou o homem com a natureza de ser correto (o instinto espiritual sadio nos faz seguir em direção a nossa origem Divina e nos aponta a direção e a tendência de nos aproximarmos do Todo-Poderoso). Porém as ponderações que o homem fez e as muitas influências de vários setores da vida, como a mídia e a ciência, fazem com que o ser humano perca sua fé e afaste-se do Criador, de Sua Torá e de Suas mitsvot.
Da mesma forma que o corpo precisa renovar-se e recuperar as forças que se esgotaram durante o dia – e isso acontece por intermédio do sono durante a noite – assim nosso lado espiritual necessita recuperar suas energias – e isso acontece por meio da teshuvá.
Portanto, a teshuvá nada mais é do que a volta a nossas origens, ao caminho da Torá e à verdade, que está oculta em nossos corações.
O Rambam em Hilchot Teshuvá (cap. II par. 2) responde à sua pergunta. Quem pecou, que abandone o pecado, tire-o de seu pensamento e tome em seu coração a decisão de não mais voltar a cometê-lo, conforme está escrito: "Yaazov rashá darcô veish aven machshevotav" (Yesha'yahu 55:7) – Abandone o perverso seu caminho e seus maus pensamentos. Que se arrependa sobre o passado, conforme escrito: "Ki acharê shuvi nichamti" – Após meu retorno me arrependo (sobre o passado). E que o Todo-Poderoso testemunhe, sobre aquele que fez teshuvá, que ele não mais voltará a esse mesmo caminho, conforme está escrito: "Velô nomar od Elokênu lemaassê yadênu" (Hoshea 14:4). Além disso, é necessário confessar com seus próprios lábios sobre as irregularidades que cometeu. Este último detalhe refere-se sobre o Viduy pronunciado diariamente nas orações de Shachrit e Minchá após a Amidá, por meio do qual o indivíduo confessa perante D'us eventuais irregularidades que cometeu.
Segundo esse relato do Rambam, portanto, são três as condições da teshuvá:
– Abandonar o pecado na prática e não mais pensar sobre ele. – Arrepender-se sobre o passado.
– Pronunciar o Viduy, desculpando-se perante o Todo-Poderoso.
No Talmud Yerushalmi Macot (cap. II par. 6) consta a seguinte passagem: Perguntaram à sabedoria qual é a pena do pecador e a resposta foi "chataim tirdof raá" – Que o mal persiga os pecadores. Perguntaram à profecia e a resposta foi "hanêfesh hachotet hi tamut" – a alma que pecou, que seja punida com a morte. Perguntaram à Torá e veio a resposta "yavi corban veyitchaper lo" – Que traga a oferenda e será perdoado. Perguntaram finalmente ao Todo-Poderoso e veio a resposta – Que faça a teshuvá e será perdoado.
Portanto, o mistério da teshuvá foi somente desvendado pelo próprio Criador, pois somente Ele pode apagar as manchas negativas do passado, abrindo, à nossa frente, uma nova perspectiva de recuperação e aproximação a Ele e a Seus mandamentos, como nos diz o próprio Rambam (Hilchot Teshuvá cap. 7): É grandiosa a teshuvá, pois aproxima o ser humano de D'us.
Os que estavam ontem distantes de D'us, podem ficar hoje queridos e próximos a Ele por intermédio da teshuvá. Quem estava ontemmuvdal (separado) do Criador, como diz o versículo: "Avonotechem hayu mavdilim benechem leven Elokechem" (Yesha'yáhu 59:2) – Vossos pecados vos separavam de vosso D'us, pode estar hoje mudbac (próximo) a D'us, como está escrito: "Veatem hadevekim Bashem Elokechem, chayim culechem hayom" (Devarim 4:3) – E vocês, que se uniram a Seu D'us, estão hoje todos vivos.
Em seu comentário sobre a Torá, o Ramban nos diz que na passagem acima mencionada, ki hamitsvá hazot – que este mandamento, a Torá se refere ao mandamento da teshuvá – arrependimento.
Faremos aqui algumas observações sobre a teshuvá, uma vez que esta Parashá é geralmente lida no Shabat antes de Rosh Hashaná, quando têm início "Asseret Yemê Teshuvá" – os dez dias de arrependimento.
Já que a Torá nos diz que a teshuvá está muito próxima de nós e que ela é de fácil alcance, por que então não nos recuperamos imediatamente? Por que os "baalê teshuvá" (adeptos da teshuvá) não são maioria? Uma das respostas, é que o ser humano acostuma-se à situação na qual se encontra. Se sentisse o quanto se distanciou da Torá e de suas mitsvot, imediatamente tomaria o caminho da teshuvá.
O que é teshuvá?
O que devemos fazer para cumprir as exigências da teshuvá?
Para responder a primeira pergunta, traremos o versículo de Cohêlet (7:29): "Haelokim assá et haadam yashar vehema bikshu cheshbonot rabim" – O Todo-Poderoso criou o homem com a natureza de ser correto (o instinto espiritual sadio nos faz seguir em direção a nossa origem Divina e nos aponta a direção e a tendência de nos aproximarmos do Todo-Poderoso). Porém as ponderações que o homem fez e as muitas influências de vários setores da vida, como a mídia e a ciência, fazem com que o ser humano perca sua fé e afaste-se do Criador, de Sua Torá e de Suas mitsvot.
Da mesma forma que o corpo precisa renovar-se e recuperar as forças que se esgotaram durante o dia – e isso acontece por intermédio do sono durante a noite – assim nosso lado espiritual necessita recuperar suas energias – e isso acontece por meio da teshuvá.
Portanto, a teshuvá nada mais é do que a volta a nossas origens, ao caminho da Torá e à verdade, que está oculta em nossos corações.
O Rambam em Hilchot Teshuvá (cap. II par. 2) responde à sua pergunta. Quem pecou, que abandone o pecado, tire-o de seu pensamento e tome em seu coração a decisão de não mais voltar a cometê-lo, conforme está escrito: "Yaazov rashá darcô veish aven machshevotav" (Yesha'yahu 55:7) – Abandone o perverso seu caminho e seus maus pensamentos. Que se arrependa sobre o passado, conforme escrito: "Ki acharê shuvi nichamti" – Após meu retorno me arrependo (sobre o passado). E que o Todo-Poderoso testemunhe, sobre aquele que fez teshuvá, que ele não mais voltará a esse mesmo caminho, conforme está escrito: "Velô nomar od Elokênu lemaassê yadênu" (Hoshea 14:4). Além disso, é necessário confessar com seus próprios lábios sobre as irregularidades que cometeu. Este último detalhe refere-se sobre o Viduy pronunciado diariamente nas orações de Shachrit e Minchá após a Amidá, por meio do qual o indivíduo confessa perante D'us eventuais irregularidades que cometeu.
Segundo esse relato do Rambam, portanto, são três as condições da teshuvá:
– Abandonar o pecado na prática e não mais pensar sobre ele. – Arrepender-se sobre o passado.
– Pronunciar o Viduy, desculpando-se perante o Todo-Poderoso.
No Talmud Yerushalmi Macot (cap. II par. 6) consta a seguinte passagem: Perguntaram à sabedoria qual é a pena do pecador e a resposta foi "chataim tirdof raá" – Que o mal persiga os pecadores. Perguntaram à profecia e a resposta foi "hanêfesh hachotet hi tamut" – a alma que pecou, que seja punida com a morte. Perguntaram à Torá e veio a resposta "yavi corban veyitchaper lo" – Que traga a oferenda e será perdoado. Perguntaram finalmente ao Todo-Poderoso e veio a resposta – Que faça a teshuvá e será perdoado.
Portanto, o mistério da teshuvá foi somente desvendado pelo próprio Criador, pois somente Ele pode apagar as manchas negativas do passado, abrindo, à nossa frente, uma nova perspectiva de recuperação e aproximação a Ele e a Seus mandamentos, como nos diz o próprio Rambam (Hilchot Teshuvá cap. 7): É grandiosa a teshuvá, pois aproxima o ser humano de D'us.
Os que estavam ontem distantes de D'us, podem ficar hoje queridos e próximos a Ele por intermédio da teshuvá. Quem estava ontemmuvdal (separado) do Criador, como diz o versículo: "Avonotechem hayu mavdilim benechem leven Elokechem" (Yesha'yáhu 59:2) – Vossos pecados vos separavam de vosso D'us, pode estar hoje mudbac (próximo) a D'us, como está escrito: "Veatem hadevekim Bashem Elokechem, chayim culechem hayom" (Devarim 4:3) – E vocês, que se uniram a Seu D'us, estão hoje todos vivos.
Fonte: revistanascente.com.br