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Irã condena cineasta como "traidor" por visitar Israel

A República Islâmica do Irã, veementemente antissemita e anti-Israel, não se limita à política internacional. Atitudes intolerantes continuam a se espalhar para as artes, que deveriam transcender as diferenças políticas. O filme do diretor iraniano Mohsen Makhmalbaf continua a experimentar uma reação grave por sua recente decisão de participar do Festival Internacional de Cinema de Jerusalém, causando imensas críticas dentro do Irã e da Diáspora.


O chefe da Organização de Cinema do Ministério da Orientação Islâmica ordenou ao diretor do Museu de Cinema que remova todas as exposições de Makhmalbaf, incluindo dezenas de prêmios internacionais.

Makhmalbaf deixou o Irã em 2005. Ao visitar Israel para a exibição de seu filme, Makhmalbaf, defendeu o reforço das relações entre os povos iraniano e israelense. Elementos dentro mídia conservadora do Irã acusaram o diretor de cinema de traição e de colaboração com os "sionistas" contra a República Islâmica. O filme de Makhmalbaf, "O Jardineiro", fala sobre a comunidade Baha'i, uma minoria religiosa que sofre discriminação sistemática e institucionalizada em Irã. Grande parte do filme foi feito em Israel, e o trailer enfatizou a violência cometida em nome da religião.


A reação enfatiza ainda mais o medo da "guerra branda" supostamente travada por Israel e o Ocidente, em uma tentativa de desacreditar o regime aos olhos da população iraniana da República Islâmica. Os esforços internacionais para aliviar a perseguição de minorias e dissidentes são percebidas como uma grande ameaça para a estabilidade do regime.Mesmo o assim chamado campo "pragmático conservador" e afiliadas reformistas criticaram a visita de Makhmalbaf a Israel. Bastou visitar o Estado judeu, para aa imagem de Makhmalbaf ser  transformada de ícone cultural revolucionário a um inimigo traidor do povo iraniano.

Cerca de 150 intelectuais, acadêmicos, escritores, artistas, jornalistas e defensores dos direitos humanos divulgaramuma carta aberta condenando Makhmalbaf, alegando uma violação do boicote cultural e acadêmico de qualquer coisa israelense. Por outro lado, 80 ativistas e acadêmicos de ascendência iraniana assinaram uma carta  que elogia a visita de Makhmalbaf. Os signatários elogiaram Makhmalbaf por  apoiar elementos democráticos no Irã.

Em entrevista ao The Guardian do Reino Unido, Makhmalbaf descreveu seu tempo em Israel como "incrível", observando a casa cheia nas três sessões diferentes. Como artista, ele disse que tenta construir amizades entre pessoas de diferentes credos e etnias.

Isso não é algo que o regime iraniano quer que as pessoas vejam.

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