Hot Widget

Type Here to Get Search Results !

Haredim agora na IDF

Top Post Ad

JERUSALÉM - O gabinete do governo de Israel aprovou um projeto que terminaria de maneira gradual com o sistema que automaticamente dispensa estudantes dos seminários ultraortodoxos do serviço militar. Sob este sistema, que existe desde a fundação do Estado judaico em 1948, milhares de rapazes deixam de prestar o serviço militar para prosseguir com os estudos religiosos, o que tem causado ressentimento entre os seculares. O projeto ainda precisa de aprovação do Parlamento.
A mudança no sistema foi questão central nas eleições de janeiro e levou o partido secular Yesh Atid, que defende o projeto, ao governo. O atual gabinete é o primeiro em dez anos sem integrantes ultraortodoxos. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu disse ontem que, se aprovada, a mudança no sistema será implementada "gradualmente". Já os líderes ultraortodoxos condenaram a decisão, acusando-a de infringir o seu estilo de vida.
A maioria dos israelenses - homens e mulheres - são chamados para até três anos de serviço militar a partir dos 18 anos, quase sempre cumprindo o serviço na Cisjordânia ocupada. Mas homens ultraortodoxos estudando nos seminários, mulheres religiosas e árabe-israelenses atualmente são dispensados. Aprovado o novo sistema, apenas 1.800 desses estudantes, designados "notáveis", teriam a dispensa. Um número estimado de 8 mil estudantes se tornariam elegíveis para o serviço militar anualmente.
- Este abuso do governo beira a perseguição e a crueldade com a minoria haredim (termo judaico que significa "aqueles que tremem diante de Deus") - disse Meir Porush, ultraortodoxo do partido de oposição Torá Unida, sobre a decisão do gabinete.
Mudar o status quo em Israel sempre foi um risco político, já que governos passados dependiam do apoio dos ultraortodoxos. Mas, por sua composição, o atual governo não corre perigo. Mesmo assim, para evitar confronto, o projeto aprovado pelo gabinete de Netanyahu por 14 votos a 0, com abstenção de dois ministros, seria totalmente implementado em até quatro anos, e o Exército usaria esse período para encorajar o alistamento dos haredim.
Os ultraortodoxos são 10% da população de Israel. Segundo um estudo recente do Ministério da Economia do país , já existem 3.500 mil ultraortodoxos nas Forças Armadas israelenses.

Below Post Ad

Postar um comentário

0 Comentários
* Please Don't Spam Here. All the Comments are Reviewed by Admin.