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Restabelecendo a Verdade



                Importante passo para a História, a memória e a Justiça brasileiras. Assim se pode interpretar o novo atestado de óbito do jornalista Vladimir Herzog, assassinado pela ditadura militar brasileira, em 1975, nas dependências do DOI-CODI, em São Paulo. Entregue à família Herzog no dia 15 de março, o documento aponta como causa da morte “lesões e maus-tratos sofridos durante o interrogatório nas dependências do DOI-CODI”. A versão oficial anterior, flagrantemente inverídica, falava de “enforcamento por asfixia mecânica”.
        Segundo Ivo Herzog, filho de Vlado, o novo atestado “significa enterrar um documento mentiroso, que humilhava a família, forçada a aceitar uma farsa para a morte do meu pai”. Acrescentou que o fato abre “precedentes para outras famílias fazerem os mesmo”. Ivo disse ainda que a luta não termina com a emissão do novo atestado. “A nossa luta continua, porque a gente quer ainda que sejam investigadas quais as circunstâncias da morte do meu pai”.
        Que esse gesto generoso do governo brasileiro, restaurando a verdade, sirva de estímulo para que se continuem investigando os crimes cometidos pelo terrorismo de Estado no período 1964-1985. Que a Justiça alcance os agentes do Estado que cometeram crimes hediondos. Que a barbárie, aqui e em qualquer parte do mundo, seja narrada e punida, para que jamais volte a ameaçar sociedades genuinamente democráticas.
Vladimir Herzog: presente !
Rio de Janeiro, 18 de março de 2013
Diretoria da ASA – Associação Scholem Aleichem de Cultura e Recreação

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