O livro sagrado foi manuscrito em 1450, em Lisboa, por encomenda do financista Isaac Abravanel, um judeu português com ligações familiares a Sevilha.
A obra é procurada "pelos embaixadores de Israel que tomam posse", disse à agência Lusa o diretor da BGUC, José Augusto Bernardes, indicando que os diplomatas de Tel Aviv vão "a Coimbra visitar a bíblia hebraica como quem se dirige a um santuário".
Uma bíblia latina de 48 linhas (editada no século XV em Mogúncia, na gráfica que pertenceu ao alemão Gutenberg, inventor da prensa móvel), a primeira edição de "Os Lusíadas", de Camões, e os dicionários Tupi-Português estão também entre os livros raros da Biblioteca.
O diretor adjunto, Maia Amaral, explica a importância de outras preciosidades, como os manuscritos de Almeida Garrett ou o primeiro livro imprimido no Brasil.
"Temos a conviver manuscritos do século XII com livros do século XXI", disse Augusto Bernardes, enquanto mostrava um missal seiscentista do Mosteiro de Santa Cruz, acabado de restaurar.