Khaled Meshaal participa de manifestação com milhares de pessoas em Gaza depois de 45 anos de exílio de território palestino.
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Hamas em Gaza - Coisas Judaicas |
Milhares de palestinos se reúnem, neste sábado, em Gaza, como parte das comemorações do aniversário de 25 anos de fundação do Hamas. Presente no ato está o líder político do movimento islâmico, Khaled Meshaal, que chegou nesta sexta-feira à região, onde foi recebido como herói, após 45 anos de exílio do território palestino. À multidão, ele fez um discurso inflamado e afirmou que nunca reconhecerá Israel, além de insistir que não irá ceder parte alguma do território.
Com bandeiras verdes, cor do movimento, dezenas de milhares de habitantes de Gaza se dirigiram ao comício na al-Qatiba, complexo a oeste da cidade, para ouvir o discurso de Meshaal. No local, ele ajoelhou para rezar e cumprimentou outros integrantes do movimento.
- A Palestina é nossa do rio ao mar e do sul ao norte. Não haverá concessão de uma polegada de terra - disse Meshaal. - Nunca reconheceremos a legitimidade da ocupação israelense e, além disso, não há legitimidade para Israel. Não importa quanto tempo leve.
Ao lado de Meshaal estavam o primeiro-ministro da Hamas, Ismail Haniyeh; Moussa Abu Marzouk, vice do líder político do grupo; além de delegações de países árabes. Ele falou para uma multidão estimada entre 200 mil e 500 mil pessoas.
Um porta-voz mascarado da ala militar do Hamas, o Ezzedine al-Qassam, disse à multidão:
— Nós vamos cortar a mão que se estende para agredir nosso povo e líderes.
Os manifestantes encaram o evento como uma celebração de vitória dos conflitos nos quais foram disparados foguetes à cidade israelense de Tel Aviv no último mês.
— Este é um dia de vitória — afirmou ao “The Guardian” Ahmed Shaheen, de 60 anos, que participava do evento. — A presença de Khaled Meshaal é um sinal de vitória.
Mais tarde, Meshaal deve revelar uma estratégia para o Hamas e falar de reconciliação com seu rival, o Fatah, que foi retirado à força da Faixa de Gaza em 2007, depois de vencer as eleições no local. O Fatah governa partes da Cisjordânia.