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Hamas atingiu nesta sexta-feira pela primeira vez Jerusalém


Sirenes são ouvidas em Jerusalém após foguetes atingirem Tel Aviv

JERUSALÉM - Após quatro foguetes serem disparados contra Tel Aviv em dois dias, o Hamas atingiu nesta sexta-feira pela primeira vez Jerusalém. O grupo reivindicou a autoria do ataque contra a cidade, no qual teria usado uma versão mais moderna do foguete Kassam, que Israel chama de M-75. Depois de a TV ter relatado a queda do projétil, as forças de segurança confirmaram o ataque a Jerusalém, cidade considerada sagrada para cristãos, muçulmanos e judeus.

Segundo a polícia, foram dois foguetes que caíram nos arredores da cidade pela primeira vez desde 1970. As sirenes soaram em Jerusalém após uma manhã de forte troca de morteiros e mísseis entre Israel e a Faixa de Gaza, com diversos tanques do Exército israelense se concentrando na área de fronteira nesta sexta-feira. Segundo fontes militares, as tropas estavam estacionadas, mas prontas para avançar caso uma invasão terrestre seja necessária.
Em Tel Aviv, duas explosões foram ouvidas esta manhã. Militantes palestinos dispararam dois morteiros contra a cidade na quinta-feira, quando os alarmes foram acionadas pela primeira vez desde a Guerra do Golfo, em 1991. Um deles teria caído no mar, e outro em um subúrbio de Tel Aviv, mas ninguém ficou ferido. Segundo o Exército israelense, os dois foguetes desta sexta-feira atingiram uma área aberta e explodiram antes de tocar o chão. A prefeitura de Tel Aviv, por sua vez, disse que vai abrir todos os abrigos públicos antibombas.
Cessar-fogo é decretado, mas ambas partes desrespeitam trégua
Mais cedo, uma frágil trégua foi declarada para permitir a visita do premier egípcio, Hisham Kandil, à Faixa de Gaza. Mas, segundo os dois lados do conflito, o cessar-fogo não foi respeitado. A viagem de Kandil a Gaza pode ser vista como um ato de solidariedade dos islamistas do Cairo com o Hamas, mas é também uma mensagem clara de que os tempos de cumplicidade com Israel, que vingavam durante o governo de Hosni Mubarak, acabaram. Durante a breve visita, Kandil chamou os ataques de Israel contra o território palestino de agressão:
- O que testemunho em Gaza é um desastre e não posso continuar calado. A agressão israelense tem que parar - disse o premier, durante uma visita a um hospital. - O Egito não vai poupar esforços para deter a agressão e alcançar uma trégua.

O presidente egípcio, Mohamed Mursi, emitiu um duro comunicado após a visita de seu premier a Gaza, denunciando os ataques israelenses como uma “gritante agressão contra a Humanidade” e se comprometendo a ajudar os palestinos. O chanceler tunisiano também anunciou nesta sexta-feira que vai visitar o território palestino no sábado para oferecer seu apoio ao Hamas. O premier turco, Recep Tayyio Erdogan, também manifestou seu apoio a Gaza, chamando de “bárbara” a postura israelense.

Apesar do breve cessar-fogo, Israel acusa o Hamas de não respeitar as três horas de trégua, e o grupo islâmico também acusa o Estado judeu de continuar os ataques. O governo de Tel Aviv ainda disse estar disposto a suspender a ofensiva, se e quando os islamistas fizerem o mesmo.
O Exército de Israel diz ter atingido mais de 600 alvos na Faixa de Gaza desde quarta-feira, 150 só durante esta noite. Ainda de acordo com autoridades israelenses, 550 morteiros foram disparados contra Israel; 26 teriam explodido em áreas construídas. Até a tarde de sexta-feira, as forças armadas teriam interceptado 109 foguetes. Segundo o jornal “Haaretz”, três soldados israelenses foram feridos nesta sexta-feira depois que um morteiro atingiu o sul do país. O Hamas diz ainda ter atingido um avião israelense, mas o Exército nega, informou o “New York Times”. Ao menos, 23 palestinos - segundo fontes médicas em Gaza - e três israelenses morreram desde o início da ofensiva, desatada com a morte do chefe militar do Hamas, Ahmed Jabari, na quarta-feira.
Nesta sexta-feira, 85 mísseis explodiram durante 45 minutos na Cidade de Gaza. Fontes militares disseram que os alvos do ataque são locais subterrâneos de lançamento de foguetes. Um míssil atingiu o Ministério do Interior, um símbolo de poder do Hamas, e outro alcançou uma casa vazia pertencente a um comandante do Hamas. Segundo islamistas, uma criança e um militante teria morrido em um ataque israelense, durante a visita do premier egípcio. A violência, juntamente com um ataque a um prédio perto da casa do primeiro-ministro do Hamas, Ismail Haniyeh, em Gaza, indica que Israel está expandindo sua ofensiva além de alvos militares.

Fontes do Hamas dizem que o Exército israelense respondeu os ataques de morteiro com um bombardeio aéreo contra o norte da Faixa de Gaza, no qual dois palestinos teriam morrido. Israel nega que tenha atacado o território palestino durante a visita de Kandil. 

No Twitter, um porta-voz do premier Benjamin Netanyahu acusou o “Hamas de não respeitar a visita do primeiro-ministro egípcio a Gaza e violar o cessar-fogo temporário”. Segundo um porta-voz do Exército, 50 morteiros foram lançados contra Israel durante a estadia de Kandil no território palestino.

Leia também: Brasileiros em perigo em Israel



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