Pelo menos oito pessoas morreram e outras 78 ficaram feridas nesta sexta-feira após a explosão de um carro-bomba no bairro de Al Ashrafiya, no centro de Beirute, informou a agência de notícias "ANN".
De acordo com a fonte, a explosão, que aconteceu na Praça Sasin, a 200 metros da sede do partido cristão das Falanges Libanesas, também causou grandes danos materiais nos edifícios próximos.
Segundo pôde constatar a Agência Efe, a explosão quebrou as vidraças dos imóveis próximos ao local e produziu cenas de pânico no centro comercial ABC, situado a poucos metros do lugar onde aconteceu o atentado.
A rede de televisão local "LBC" mostrou imagens do veículo utilizado no ataque, o qual ficou completamente destruído. Nas imagens, também era possível ver vários feridos sendo levado às ambulâncias pelas equipes de resgate.
O ministro libanês do Interior, Marwan Sharbal, visitou o lugar do atentado e pediu às forças de segurança dar prioridade nas investigações para esclarecer as causas.
Várias testemunhas disseram à Agência Efe que a explosão foi "muito forte", fato que acabou revivendo os duros atentados que castigaram Beirute no passado.
O deputado das Falanges Libanesas Nadim Gemayel comparou a explosão em Al Ashrafiya com "outros atentados similares com bomba provocados pelo regime sírio".
Em entrevista à LBC, Gemayel também vinculou Damasco com este tipo de explosão, argumentando que o regime sírio "está caindo agora e, por isso, quer levar sua crise ao Líbano".
Nohamad Machnuq, um parlamentar do grupo opositor libanês Futuro, também acusou o regime sírio de ter provocado o atentado, que foi interpretado como "uma mensagem para aterrorizar o povo libanês".
Por sua parte, o Partido Sírio Nacional Social (que defende à Síria no Líbano) condenou o atentado e sugeriu que a explosão tinha a "marca de Israel".
Nos últimos meses, a instabilidade aumentou no Líbano em consequência da crise na Síria, já que o país também é palco de atentados e confrontos entre partidários e detratores do regime do presidente sírio, Bashar al Assad.
Entre 2004 e 2008 ocorreu uma onda de atentados contra personalidades anti-sírias no Líbano, como o de janeiro de 2008, contra o capitão dos serviços de inteligência da Polícia, Wissam Eid, o mesmo que tinha averiguado o assassinato do ex-primeiro-ministro libanês Rafik Hariri em 2005.
Em dezembro de 2009, uma pessoa morreu e outras ficaram feridas no sul de Beirute por causa de um atentado contra um suposto integrante do movimento palestino Hamas. EFE