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Bibi - Coisas Judaicas |
O premiê israelense, Binyamin Netanyahu, lamentou neste domingo que a
comunidade internacional não tenha imposto um limite claro para o avanço
do programa nuclear iraniano.
"Acho que devemos dizer a verdade: a comunidade internacional não traça
um limite claro ao Irã e o país não percebe uma determinação na
comunidade internacional para que pare seu programa nuclear. Enquanto o
Irã não perceba isso, continuará avançando com seu programa nuclear.
Eles não podem ter a bomba atômica".
A declaração é a primeira após a Agência Internacional de Energia
Atômica (AIEA, vinculada à ONU) informar que Teerã duplicou sua
capacidade de enriquecimento de urânio na usina de Fordo e dificultar a
fiscalização dos inspetores internacionais.
Israel ameaça bombardear as centrais nucleares do Irã, considerando a
suspeita dos países ocidentais e do Estado judeu de que a República
Islâmica tem interesse de produzir armamento nuclear.
Em resposta, Teerã diz que o enriquecimento de urânio no país é para
fins pacíficos, como produção de energia e uso em tratamentos médicos.
No entanto, membros do governo fazem ameaças de ataque a Israel.
RELATÓRIO
Na quinta (30), a agência da ONU informou que, no dia 18 de agosto,
Fordo tinha cerca de 2.000 centrífugas instaladas, em comparação com as
cerca de mil em maio deste ano. No entanto, apenas cerca de 700 estão em
operação.
Segundo o documento da AIEA, os técnicos iranianos instalaram mais
centrífugas de urânio nas usinas de Natanz e Fordo. Além disso, o país
já acumula 189,4 quilos de urânio enriquecido a 20%, número 23% maior do
que o declarado no relatório de maio.
Embora tal pureza esteja longe do 90% necessário para fabricar armas
atômicas, a preocupação da Europa e dos Estados Unidos é a permanente
desenvolvimento das capacidades e habilidades do programa nuclear
iraniano.
O documento constatou ainda que o Irã tem 6.876 quilos de urânio
enriquecido a 5% (679 quilos a mais do que no relatório anterior).