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| Migron - Coisas Judaicas |
Os colonos do assentamento não reconhecido de Migron, na Cisjordânia,
começam neste domingo a sair de suas casas em cumprimento de uma decisão
do Tribunal Supremo israelense e após um fim de semana no qual
expressaram sua determinação a retornar.
Os primeiros colonos evacuarão suas casas e se mudarão de forma
temporária para um seminário religioso próximo, informa a edição
eletrônica do jornal "Yedioth Ahronoth".
Segundo o jornal, o grupo, de cerca de 300 colonos, começou a arrumar
seus pertences na noite de sábado, após uma celebração comunitária por
ocasião do "shabat" no qual expressaram seu "direito à Terra de Israel" e
sua determinação de retornar.
Nas últimas horas agentes da Polícia e da Polícia de Fronteiras
entregaram as ordens de despejo ditadas pelo Corte Suprema de Israel, e
para terça-feira toda a colônia deve ser evacuada.
Criado em 1999 a cerca de 14 quilômetros de Jerusalém, Migron foi
levantado sem autorização do Governo israelense, e há vários anos a
Corte Suprema exige seu desmantelamento.
A evacuação é realizada após um pacto de silêncio entre representantes do atual governo de Binyamin Netanyahu, e os líderes dos colonos, no qual estes últimos se comprometeram a deixar voluntariamente o local e não recorrer à violência, informou este fim de semana a televisão pública.
"Trata-se de uma ordem imoral apesar de ter vindo do Tribunal Supremo.
Não sei o que significa ser evacuado de forma voluntária. A única coisa
que sei é que viemos para nos assentar na Terra de Israel que nos foi
desapropriada e à qual retornamos", disse o rabino Mordechai Rabinovich.
Rabinovich é pai de um dos colonos que deve ser evacuado e que esta
manhã recusou a entrega da ordem de evacuação, em um ato de rejeição à
decisão do tribunal.
'JOVENS DAS COLINAS'
A imprensa local informa que um número indeterminado de famílias e
radicais do grupo "Jovens das Colinas" de outros assentamentos se
entrincheirou em várias casas, apesar do cordão de isolamento policial
ao redor da colônia.
Os "Jovens das Colinas" são o núcleo mais duro da colonização judaica do
território ocupado da Cisjordânia, e responsável pela criação de mais
de meia centena de miniassentamentos que em Israel são conhecidos como
"enclaves ilegais", terminologia que os diferencia das colônias criadas a
partir de 1970 com a aprovação dos sucessivos Governos israelenses.
Para a comunidade internacional e os palestinos toda presença judia em território ocupado desde 1967 é ilegal, e a Cisjordânia faz parte do futuro Estado palestino junto com Gaza e Jerusalém Oriental.
Israel e os colonos denominam a Cisjordânia com os nomes bíblicos de Judeia e Samaria e defendem que é parte da histórica terra prometida por Deus aos judeus.



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