Quando um novo ano letivo
começa, um novo curso será ministrado em algumas das escolas de Gaza,
chamado ‘Conheça o Seu Inimigo’. As aulas ensinarão o hebraico, que as
autoridades do Hamas decidiram incluir neste ano como parte do currículo
de educação de Gaza.
De acordo com um artigo
do New York Times em maio, o diretor-geral do Ministério de Educação do
Hamas, Mahmoud Matar, afirmou que "através da língua hebraica, podemos
compreender a estrutura da sociedade israelense, e a forma como eles
pensam". Será a primeira vez que a língua hebraica será ensinada nas
escolas de Gaza, em quase 20 anos. Se for bem sucedido, no futuro o
Hamas terá todas as 180 escolas em Gaza ensinando a língua hebraica.
"Nós consideramos Israel como um inimigo.E nós vamos ensinar aos nossos
alunos a linguagem do inimigo", disse Matar no artigo do Times. Segundo o
Dr. Eldad Pardo, que é pesquisador sênior da IMPACT-SE, (Institute for
Monitoring Peace and Cultural Tolerance in School Education = Instituto
para o Monitoramento da Paz e Tolerância Cultural na Educação Escolar) e
professor na Universidade Hebraica de Jerusalém, a linguagem de ódio de
Matar contra Israel é a característica dos temas ensinados nos livros
escolares da Autoridade Palestina. "Aos alunos palestinos é ensinado que
os judeus não têm ligação com a terra de Israel, que os judeus
pertencem a Europa, e nada dizem sobre os judeus vindos dos países
árabes", Pardo disse à Agência de Notícias Tazpit.
"Os lugares santos
judaicos em Israel não são reconhecidos, e em lugar disso afirmam que
são locais sagrados muçulmanos que estão em poder dos judeus. Não há
reconhecimento do povo judeu como nação, e os israelenses são mostrados
como falsos, criminosos e ladrões", acrescentou Pardo. "O que falam
sobre Israel sempre é igual, tanto nos livros didáticos seculares da
Autoridade Palestina como nos livros religiosos, embora os livros
religiosos apresentem uma linha muito mais dura, mais antissemita,
glorificando o martírio e a Jihad (Guerra Santa)", disse Pardo. A
IMPACTO-SE realizou um estudo de 70 livros escolares da Autoridade
Palestina e 22 manuais para professores, juntamente com 25 livros
escolares distribuídos pelo Ministério de Dotações e Assuntos Religiosos
da Autoridade Palestina no ano passado. Todos os 117 livros e manuais
estão sendo atualmente utilizados nas escolas da AP.
Pardo notou que houve melhorias nos livros didáticos do governo secular. "Há temas positivos, como a igualdade de direitos para mulheres, passagens contra o terror e a violência no seio da sociedade, mais educação para a democracia, e assim por diante"."Mas a questão mais importante é que estes livros não são para promoverem a paz com Israel. Em nenhum mapa escolar palestino aparece TelAviv", esclareceu Pardo.
Em contraponto à abordagem de Israel sobre o conflito é muito diferente, de acordo com Pardo. "No sistema educacional israelense, há muito respeito pela cultura árabe, o reconhecimento de que os palestinos têm um movimento nacional e ensinam o respeito pelos lugares sagrados muçulmanos. Os alunos também aprendem árabe nas escolas".
Em Israel, aulas da língua árabe são obrigatórias, do sétimo ao nono ano, enquanto algumas escolas continuam a ensinar a língua até o final do ensino médio ou começam a partir da quinta série. O árabe é a segunda língua oficial de Israel. Há dois anos atrás o ex-chefe de Estudos Árabes do Ministério da Educação de Israel, Dr. Shlomo Alon, afirmou ao site israelense de notícias Walla que "o estudo da língua árabe irá promover a tolerância e transmitir uma mensagem de aceitação".
"A diferença é que Israel se considera como parte da região do Oriente Médio, pois lá está incluído, enquanto que o mundo árabe não aceita o Estado judeu. Isso não significa que não há diálogo entre os estudantes judeus e árabes em Israel, porque há muitos programas de educação que reúnem esses alunos, mas isso claramente não é o que a AP quer que os alunos palestinos aprendam de seus livros", concluiu Pardo.
Pardo notou que houve melhorias nos livros didáticos do governo secular. "Há temas positivos, como a igualdade de direitos para mulheres, passagens contra o terror e a violência no seio da sociedade, mais educação para a democracia, e assim por diante"."Mas a questão mais importante é que estes livros não são para promoverem a paz com Israel. Em nenhum mapa escolar palestino aparece TelAviv", esclareceu Pardo.
Em contraponto à abordagem de Israel sobre o conflito é muito diferente, de acordo com Pardo. "No sistema educacional israelense, há muito respeito pela cultura árabe, o reconhecimento de que os palestinos têm um movimento nacional e ensinam o respeito pelos lugares sagrados muçulmanos. Os alunos também aprendem árabe nas escolas".
Em Israel, aulas da língua árabe são obrigatórias, do sétimo ao nono ano, enquanto algumas escolas continuam a ensinar a língua até o final do ensino médio ou começam a partir da quinta série. O árabe é a segunda língua oficial de Israel. Há dois anos atrás o ex-chefe de Estudos Árabes do Ministério da Educação de Israel, Dr. Shlomo Alon, afirmou ao site israelense de notícias Walla que "o estudo da língua árabe irá promover a tolerância e transmitir uma mensagem de aceitação".
"A diferença é que Israel se considera como parte da região do Oriente Médio, pois lá está incluído, enquanto que o mundo árabe não aceita o Estado judeu. Isso não significa que não há diálogo entre os estudantes judeus e árabes em Israel, porque há muitos programas de educação que reúnem esses alunos, mas isso claramente não é o que a AP quer que os alunos palestinos aprendam de seus livros", concluiu Pardo.