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Ministro da Defesa de Israel propõe saída de parte da Cisjordânia


JERUSALÉM - O ministro da Defesa de Israel, Ehud Barak, propôs nesta segunda-feira que os israelenses se retirem de grande parte da região da Cisjordânia se as negociações de paz com os palestinos não avançarem. A sugestão, que contraria a postura do governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, defende que colonos judeus deixem dezenas de assentamentos na região, sem que a retirada prejudique os principais blocos de colônias locais.
Em entrevista ao jornal "Israel Hayom", Barak acrescentou que Israel deveria começar a tomar "passos práticos", após quatro anos de negociações congeladas com os palestinos. Segundo analistas, a declaração do ministro pode colocá-lo em uma saia justa com o premier Benjamin Netanyahu, que já anunciou que não pretende fazer nenhuma grande concessão pelo diálogo de paz na região.
- É melhor que cheguemos a um acordo com os palestinos. Mas se isso não acontecer, é necessário tomar passos práticos para iniciar uma separação - diz o ministro. - Isso não só nos ajudaria lidar com os palestinos, mas também com outros países da região, com os europeus e com o governo americano, que é claro que nos apoiará - concluiu.
Até o momento, o escritório de Netanyahu se negou a comentar a proposta de Barak, que é visto como um dos possíveis rivais do premier nas próximas eleições no país. Analistas políticos esperam que Netanyahu convoque eleições antecipadas nas próximas semanas e ressaltam que a declaração de Barak pode ser uma forma de atrair eleitores centristas, que discordam da política conservadora do atual governo.
Segundo dados do governo, os grandes assentamentos na Cisjordânia representam entre 80% e 90% dos colonos judeus na região. Estes seriam mantidos na proposta de Barak, que também reforçou que Israel deve manter um presença militar constante nas fronteiras com a Jordânia. Aos moradores dos assentamentos menores, o governo deve oferecer um incentivo financeiro para que deixem o local ou aceitar que fiquem em suas casas sob a tutela do governo palestino por "período experimental" de cinco anos.
Apesar da iniciativa de Barak, a proposta foi rejeitada nesta segunda-feira por Sabri Sedam, um dos conselheiros do líder palestino Mahmoud Abbas. Ele argumentou que o controle de Israel a qualquer bloco de colonos na Cisjordânia e em Jerusalém faria o estabelecimento de um Estado palestino impossível.

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