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Erich Priebke



Erich Priebke nasceu em Berlim no dia 29 de julho de 1913.
 
Ele foi capitão da SS e o segundo mais importante oficial da Gestapo em Roma.
Priebke era o contrário de Barbie; executava suas vítimas com rapidez e eficiência. Ele também é um dos responsáveis pelo Massacre das Fossas Ardeatinas, o maior massacre ocorrido na Itália durante a Segunda Grande Guerra.

Em 1944, um ataque a bomba da resistência italiana a um QG do exército nazista de ocupação em Roma causou a morte de 33 soldados alemães. O chefe das SS na capital italiana, Herbert Kappler, seguindo determinações diretas de Hitler, ordenou como represália, o fuzilamento de 10 civis por cada alemão morto. Foram arrancadas 260 pessoas de prisões romanas. Para completar o número exigido, os carrascos seqüestraram 75 judeus, escolhidos a esmo no gueto da cidade, a maioria crianças e idosos.
Também há relato de que três gerações de uma família inteira foram mandadas a execução, sendo houve apenas uma sobrevivente desta família. Esta testemunharia mais tarde contra Priebke.
Ao todo 335 homens e meninos foram levados para as Fossas Ardeatinas, cavernas próximas às catacumbas da Via Appia. Em Morte em Roma, Robert Katz relatou como se procedeu ao massacre. Kappler dispunha de apenas 74 homens para a operação. Sendo o número de executores muito menor que o de vítimas, o SS calculou os minutos necessários para as execuções, além do número de armas e munições: "Dividi meus homens em pequenos pelotões que iriam funcionar alternadamente. Ordenei que cada um desse apenas um tiro. Especifiquei que a bala deveria entrar no cérebro da vítima pelo cerebelo, para que não se desperdiçasse nenhum tiro e a morte fosse instantânea. Para poupar ainda mais tempo e munição, cada tiro deveria ser disparado da menor distância possível, e de baixo para cima. Entretanto, o cano da arma não deveria ser encostado na nuca da vítima. Se assim fosse, a rapidez do processo sofreria diminuição, pois o condenado teria de apresentar a cabeça ao executor numa posição fixa".

O costume italiano era de amarrar cada vítima numa cadeira, mas não havia tempo para isso. Kappler teve a idéia de usar uma gruta ou caverna como palco de execução: "Pensei em criar uma espécie de câmara mortuária grande e natural". Foi escolhida uma caverna na Via Ardeatina. Contudo, sob a pressão do tempo, os fuzilamentos fugiram ao previsto: Kappler calculara tudo, menos que os mortos fossem ocupando espaço ao cair, obrigando as próximas vítimas a ajoelhar sobre os cadáveres dos que acabavam de morrer. Os próprios executores tiveram que subir no monte de corpos para acertar os alvos. Embriagando-se para dar conta da tarefa, os alemães tornaram-se desleixados no trabalho, disparando até quatro balas numa só pessoa, esfacelando-lhe o crânio: foram encontrados 39 corpos sem cabeça. A má pontaria fazia que olhos e narizes fossem arrancados das vítimas ainda vivas. A pilha de carne atingiu 1,5 m de altura. Os carrascos não encontraram qualquer resistência e foram levadas para o fuzilamento 5 pessoas que não constavam da lista. Kappler confessou: "Foi um engano, mas como já estavam lá..."

Em 1948, Kappler foi condenado à prisão perpétua. Em 1949, internado no Hospital Militar do Célio, onde fugiu dentro de uma mala, carregada por sua mulher até o porta-malas de um carro. Anelise Kappler escreveu um livro sobre a fuga, dizendo que agiu sozinha. Mas segundo outras versões, Kappler conseguiu fugir com a ajuda da rede internacionalOdessa, que coordena os contatos entre ex-oficiais nazistas no mundo. Morreu de câncer na Alemanha, em liberdade, em 1978.

Desde 1948, encontrava-se na Argentina um certo Erich Priebke, levando uma vida sossegada em Bariloche.
Bariloche é uma pequena cidade localizada nos Andes argentinos. Um local muito bonito e de cenário muito peculiar a da Europa. A comunidade alemã que fundou a cidade, se sentia em casa, praticamente, e a maioria dos habitantes eram ex-nazistas.
Priebke havia sido preso num campo de oficiais no final da guerra, mas conseguiu fugir. Logo, iria até a Argentina, pelo famoso Caminho dos Ratos.
O Caminho dos Ratos foi uma grande rota de fuga nazista da Europa e consistia na saída da Alemanha, rumo à Suíça ou Áustria, e em seguida iam até Genova, Itália, onde embarcavam em navios para a América Latina.

Priebke era um sucedido homem de negócios, presidente de uma Associação Cultural Germano - Argentina, e também tocava uma escola. 

Priebke foi descoberto por acaso, pois seu nome nem constava na lista dos nazistas procurados.

A dois quarteirões da casa de Priebke, fica o Hotel Campana, construído por Reinhard Koops. Sob o nome de Juan Mahler, Koops escrevera vários livros de pregação nazista e era apontado como líder da Odessa. Ao ser desmascarado pela rede de TV americana ABCcomo criminoso de guerra, Koops perguntou aos jornalistas: "Por que correm atrás de mim, se o pior dos nazistas de Bariloche vive ao lado?", referindo-se a Priebke. Em maio de 1994, Priebke concedeu três minutos de entrevista àABC. Erich Priebke jamais escondera sua identidade. Mas o avô bondoso e bom vizinho "Don Erico", como era carinhosamente chamado, fora responsável pelo Massacre das Fossas Ardeatinas.
Priebke havia elaborado a lista dos executados no Massacre das Fossas Ardeatinas,anotando nome por nome e incluído nela o "bônus" de cinco vidas. Além disso, admitiu ter executado dois civis com as próprias mãos: "Todos os oficiais fizeram isso", alegou.

Depois de denunciar seu camarada, Koops contratou os serviços do melhor advogado criminalista do país, Pedro Bianchi, para defendê-lo, e tentou fugir para o Chile.

Priebke foi extraditado para a Itália, onde foi julgado. Ele foi libertado nos dois julgamentos que teve, mas o tumulto do lado de fora do tribunal foi tão grande com a decisão que o juiz teve de mudar seu veredicto.
Priebke foi condenado à prisão perpétua, em 1996. Desde então, vive sob prisão domiciliar no centro de Roma, já que a constituição italiana não permite que idosos sejam mandados para as cadeias comuns.

A Itália pensava que todos os nazistas responsáveis por aquele massacre estavam mortos ou presos, porém faltava apenas um, Erich Priebke.

Enfim a Itália poderia respirar o ar da justiça.
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