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Saltando por Hanna Szenes




Judith Klein, de Budapeste

Hannah Szenes nasceu em 17 de julho de 1921, de família de húngaros assimilados. Seu pai, jornalista e escritor, faleceu quando Hanna tinha apenas 6 anos de idade. A vida, para ela, seguiu ao lado da mãe, Catherine, e do irmão, György.

Matriculou-se numa escola particular protestante para meninas, que também aceitava alunas católicas e judias. Entretanto, por ser judia, tinha que pagar o dobro do que pagavam as demais estudantes.

Este fato - aliado à percepção de que a situação dos judeus na Hungria estava ficando cada vez mais difícil, - despertou em Hanna um grande interesse pelo Sionismo, levando-a a ingressar no movimento juvenil sionista Maccabea.

Terminado o curso básico, Hanna decidiu imigrar para a então chamada Palestina, para seguir seus estudos na Escola Agrícola para Moças, em Nahalal. Em 1941 ingressou no kibbutz Sdot Yam, e em seguida, na Haganá, grupo paramilitar que precedeu as Forças de Defesa de Israel. Em 1943, alistouse no exército britânico e iniciou um treinamento de paraquedismo no Egito.

Em março de 1944, juntamente com dois colegas (Yoel Palgi e Peretz Goldstein), Hanna saltou de paraquedas sobre a Iugoslávia, aderindo a um grupo de partisans. Em terra, soube que a Hungria tinha sido ocupada pelos alemães, e seus parceiros quiseram cancelar a missão. Hanna seguiu rumo à fronteira, mas foi detida pela guarda húngara, que achou o transmissor militar que ela carregava.

Levada presa para Budapeste, foi torturada durante horas, mas não revelou os nomes dos outrosparaquedistas que estavam com ela, mesmo sob a ameaça de torturarem sua mãe, que os guardas trouxeram para dentro da sua cela.

Na prisão, Hanna usava um espelho para refletir pela janela sinais para os prisioneiros judeus de outras celas, tentando manter entre eles um moral elevado. Ela escreveu um diário até o último dia de sua vida. Entre suas anotações pode-se ler trechos como: “Em julho vou completar 23 anos, joguei este número nos dados, eles rolaram. Eu perdi”, ou então: “Eu amava a luz cálida do sol”.

Hanna foi julgada e condenada à morte por traição em 28 de outubro de 1944 e executada por um pelotão de fuzilamento, em 7 de novembro de 1944.

Seu diário foi publicado em hebraico em 1946. Seus pertences foram levados a Israel em 1950 e enterrados no cemitério do Monte Hertzl, em Jerusalém. A pedra tumular foi trazida a Israel, em 2007, e colocada em Sdot Yam.

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