"Esta peregrinação terá um impacto muito importante
sobre o turismo e o seu êxito vai atrair milhares de judeus no futuro",
declarou à AFP.
Trabelsi, igualmente filho do presidente da
comunidade judaica de Djerba, exprimia-se à margem de uma conferência
internacional sobre o turismo no Mediterrâneo, sob iniciativa da
Organização Mundial do Turismo (OMT).
A peregrinação foi suspensa em 2011 devido aos
problemas que a Tunísia viveu na esteira da revolução de 14 de Janeiro
que derrubou o antigo presidente tunisino Zine El Abidine Ben Ali.
Segundo René Trabelsi, o bom desenrolar da
peregrinação este ano "mostrará ao mundo que os tunisinos aceitam a
diferença e que a nova Tunísia não é tão islâmica e radical como se
pensa".
"É um país que respeita as minorias religiosas como
sempre o fez", considerou Trabelsi, membro influente da comunidade, que
se manifesta "disposto a desempenhar um papel no governo para ajudar" o
seu país, a Tunísia.
O chefe do governo islamita Hammadi Jebali, que
participou na conferência sobre o turismo em Djerba, desejou
antecipadamente as boas vindas aos fiéis que vão se deslocar à Ghriba.
A peregrinação anual tem lugar por ocasião da festa
judaica de Lag Baomer e atrai milhares de judeus da Europa, da América e
de Israel.