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Breve história de Israel


      Depois da diáspora do ano 70 d.C. os judeus passarão por um período de aproximadamente 1800 anos  sem a sua nação, porém preservando seus usos e costume e enfrentando com isso, as perseguições dos mais diversos grupos detentores do poder ao longo da história.
       É claro que não daria para terminar de falar sobre a diáspora e logo começar a falar da criação e dos conflitos do moderno Estado de Israel, até porque se passou um período de aproximadamente de 1878 anos, esse numero não corresponde a conta de dias ou meses, e sim de anos, e por esse período o mundo passou por muitas mudanças, e é até importante conhecer sobre um pouco delas para se entender os antecedentes da criação do Estado de Israel em 1948, desde o cativeiro da Babilônia, Israel levou 446 anos para conseguir formar o segundo Estado, e desde a diáspora Israel levará mais de 1878 anos até ser um país independente.
       Provavelmente esse texto sera o mais polêmico dos quatros referentes a história de Israel, pois neste falarei sobre os conflitos envolvendo Israel e Palestina, nos textos anteriores mesmo sem ter sequer iniciado o assunto, tenho recebido comentários sendo criticado por supostamente estar apresentando os judeus como vitimas, no decorrer do século XXI tenho visto varias manifestações a favor da Palestina e as mais diversas criticas ao Estado de Israel, e os mais eloquentes discursos e generizações sendo atribuida a todos os judeus a culpa pelo o que acontece na faixa de Gaza.
       Naturalmente, a liberdade de expressão é uma das bandeiras que sempre tenho defendido aqui no Recanto, dando liberdade aos leitores para que escrevessem comentários criticos caso não concordassem com meu ponto de vista, desde que se expressassem respeitosamente sem insultos e agressões, e como venho dizendo, os manifestantes pró palestina tem o direito de fazerem protestos e manifestações, o problema é que alguns desses protestos vem acompanhados com uma pitada e hipocrisia, pois a comunidade global parece ter se voltado a favor da causa palestina e fechado os olhos para a causa dos curdos.
       Os curdos são uma população de mais de 26 milhões de pessoas que lutam para construirem um Estado independente no Oriente Médio e são reprimidos em todos os países dos quais seus territórios estão distribuidos, fato este que muitos esquecem ao defenderem a Palestina, a maioria dos criticos de Israel falam das privações cometidas aos palestinos de Gaza, mas se esquecem do quanto os curdos são reprimidos em países como Turquia e Iraque, e também esqueceram que o ditador Saddam Hussein chegou a usar armas quimicas para atacar vilas curdas.
       Então quando vocês pensarem nos palestinos, lembrem também daqueles 26 milhões de curdos que querem estabelecer um Estado independente mas sofrem toda a sorte de repressões, afinal, dois pesos e duas medidas.
       Isso tudo foi apenas um desabafo, depois eu falarei sobre tudo isso, mas agora falarei sobre os fatos que sucederam os judeus após a Diáspora tentando seguir uma ordem cronológica dos fatos.

IMPÉRIO ROMANO:

       O império Romano  foi caracterizado não só pelas suas conquistas territoriais, mas também em conquistas nos campos da politica e do direito sendo considerado um dos impérios mais civilizados da história, estando o direito romano presente até os dias de hoje, e algumas características da republica romana presente nas constituições de muitos países hoje.
       Fora esses avanços a religião romana foi uma cópia da grega, sendo apenas os nomes de seus deuses modificados, mas é claro com algumas peculiaridades, pois o titã Saturno (Cronos para os gregos) é considerado inimigos dos deuses gregos, sendo este derrotado na guerra contra os deuses, ja para os romanos ele é visto de outra forma, pois em sua mitologia Saturno no período da guerra, fugiu para a península itálica e governou aquela região com sabedoria e justiça, tendo os romanos mais tarde criado uma comemoração chamada de período Saturnino, onde se eram trocado presentes, festa essa que inspirou o nosso natal.
       Curiosidades a parte, Jerusalém foi destruída durante a dinastia Julio-Claudiana no período da história romana conhecido como o Alto Império, tendo um grupo de judeus se dispersados pelo mundo e outros sido escravizados e usados como atrações nos jogos de sangue do Coliseu.
       No final do século II devido a imensa instabilidade politica que o império romano começou a enfrentar, Roma passou a sofrer uma série de invasões, sendo este período chamado de Baixo Império, pois marca a decadência de Roma, como forma de tentar reorganizar a administração o imperador Constantino criou o império romano do Oriente onde criou a cidade de Constantinopla, que hoje é Istambu.
       No ano de 410 o rei godo Alarico saqueou a cidade de Roma, e por esse período Roma conseguira uma ultima vitória ao derrotar os hunos governados por Atila em 451, mas no ano de 476 o ultimo imperador romano Romulo Augusto foi deposto por Odoacro, e isso marcou o fim do império Romano do Ocidente e também o fim da Idade Antiga, agora entraremos num período da história conhecido como a Idade Média.

09) OS JUDEUS E A IDADE MÉDIA:

       Como forma de tentar apagar os laços do judaísmo, o império Romano chamou a região de Israel de provincia Siria Palestina, porém com a decadência do Império Romano, os judeus começam a retornarem para Jerusalém no ano de 438, após a queda de Roma em 476, o território da Siria-Palestina passou a pertencer ao Império Bizantino, também império Romano do Ocidente, mas Jerusalém foi tomada em 614 pelo Império Sassanida, que foi o ultimo império Pérsa pré Islamico, quinze anos depois os bizantinos retornaram e exigiram que todos os judeus se convertessem ao cristianismo.
       
IMPÉRIO ÁRABE:

       Por esse período o profeta Maomé havia iniciado suas pregações na península Arábica, e criou uma religião monoteísta naquela região conhecida como o Islamismo, e o profeta Maomé criou o estado teocratico de Medina em 622-632 e em breve dominavam todo o conjunto da peninsula arabica, e se espalhando mais tarde para o norte da Africa e chegando na Peninsula Ibérica, porém la a conquista foi incompleta, pois na Europa o império Carolingio, numa guerra que sera chamada de a Reconquista, expulsara os arabes, também chamados de mouros da Espanha, impedindo com isso, o avanço do império arabe pelo resto da Europa.
       Por volta de 632, quando estava em Jerusalém no monte do templo, Maomé teria supostamente ascendido ao céu, 6 anos depois o califa Omar toma Jerusalém e permite o retorno dos judeus, que passam a viver em harmonia desde então, diferente do que muitos acreditam, o império muçulmano por esse período permitiu que os cristãos e judeus mantivessem seus cultos e suas tradições, desde que pagassem as devidas taxas, e Jerusalém pertencera ao Império Arabe até o ano de 1099.

CRUZADAS:

       A Europa neste período estava passando pelo feudalismo, na qual não havia sido constituídos os Estados Nacionais e a igreja católica detinha o poder político e universal, porém conforme a população começou a crescer e os feudos foram inchando, muitos acabaram sendo expulsos e ficando a margem da sociedade, outro fator também foi o cisma do Oriente no ano de 1054 onde passaram a existir duas religiões cristãs, a igreja Católica e a Ortodoxa.
       Então no ano de 1095 o papa Urbano II inaugurou o concilio de Clermont, e como forma de diminuir a população da Europa e procurando unir as duas seitas cristãs, ao do Ocidente e do Oriente em prol de uma causa, o papa prometeu conceder o perdão pelos pecados de quem fosse lutar no Oriente e também prometeu que eles ficariam com as terras que conquistassem, por esse periodo surgem as ordens de elite, como a Ordem dos Cavaleiros Templarios e a Ordem dos Cavaleiros de São João, no qual os templarios liderados por Godfrey de Bouillon, conquistaram Jerusalém no ano de 1099 e realizaram um massacre aos judeus e mulçumanos, passando esta a se tornar um reino cristão que duraria 88 anos.
       Os cruzados iniciaram uma série de incursões pelos reinos do Oriente, mas todas fracassaram, e por este período começou a se levantar o Império Turco conquistando e dominando terras naquela região.
       Quando os cristão chegaram nos reinos do oriente, eles se depararam com um mundo novo, pois os arabes por essa época eram extremamente avançados, eles tinham desenvolvido o sistema bancário, e criaram entre outras coisas o cheque, e o óculo de grau, enquanto toda a Europa vivia no atraso e com mas condições sanitárias.
       Jerusalém foi retomada pelos mulçumanos em 1187 liderados pelo curdo Saladino, e neste interim foi organizada a cruzadas dos reis, onde eles liderados pelo rei ingles Ricardo Coração de Leão, tentaram, sem sucesso tomar a cidade.
       Todas as outras espedições cruzadas na terra Santa  e para se tomarem o "reino dos céus" fracassaram, ou obtiveram um sucesso efemero, de vinte pessoas que iam para o Oriente apenas duas retornavam, dessas cruzadas tiveram aquelas que foram o cumulo do ridiculo que foi a cruzada das crianças, onde o papa mandou varias crianças tentarem tomar Jerusalém, porém elas foram massacradas e vendidas como escravas, com o tempo as cruzadas começaram a perder o gás, e as ultimas delas visavam mais a proteção do império Bizantino que sofria sucessivas invasões dos turcos-otomanos, a ultima cruzada foi realizada em 1444 em Varna, pelo rei Pedro I de Chipre.
       Por esse período os turcos não encotraram mais tanta dificuldade para invadir e destruir o império Bizantino, e no ano de 1453 eles tomaram a cidade de Constantinopla, cortando assim a rota da Europa com o Oriente obrigando que esses buscassem outros meios, vale lembras também que no ano de 1517 os turcos haviam tomado Jerusalém liderados pelo sultão Selim I, onde ocuparam a cidade pacificamente sem resistencia dos mamelucos, um grupos de ex-escravos dos arabes que se rebelaram e conquistaram Jerusalém dos mesmos, o território Palestino ficara nas mãos do Império Turco até o ano de 1917, quando sera conquistada pelo império Britanico.


10) JUDEUS NA AMÉRICA:

       Muitos dos judeus começaram a fugir da Europa vindo para as terras do novo mundo, porém muitos desses eram cristãos novos, mas mantinham suas tradições escondidos, principalmente aqui no Brasil, o Brasil nunca chegou a ter um tribunal da inquisição, mas possuia visitadores que passavam visitando vilas e fazendas e qualquer deslize, eles delatavam a Portugal, onde o réu era encaminhado ser julgado lá.
       Porém aqui no Brasil muitos dos judeus modificaram algumas de suas tradições, por exemplo, o ato de guardar o sabado consistia em vestir roupas limpas e arrumar a casa na véspera, muitos dos cristãos novos aqui chegaram a ser donos de terras entre eles Fernando de Noronha, que foi um cristão novo que recebeu de Portugal uma sesmaria que hoje recebe seu nome.
       Com a invasão holandesa ao Brasil d 1630 ha 1654, os judeus ganharam liberdade religiosa, e se concentraram numa rua de Recife chamada de Jodenstraat (rua dos judeus), onde construiram a primeira sinagoga das Américas que foi a sinagoga da comunidade Kahal Zur Israel.
       Os holandeses eram protestante, lembrando que católicos e protestantes tem ponto de vista diferente em relação aos judeus, para a primeira, quem foi responsável pela morte de Cristo foram os judeus, por isso o anti semitismo acabou crescendo muito em comunidades católicas, ja para o protestante não, Jesus iria morrer de uma forma ou de outra, fosse pelas mãos de quem fosse, lembrando que a cruz em que Cristo foi pregado, era uma cruz romana, tanto que muitos dos protestantes até simpatizam com os judeus.
       Com o movimento conhecido como Insurreição Pernanbucana, os holandeses foram expulsos do Brasil, onde os judeus mais uma vez passaram a serem perseguidos aqui, onde estes fugiram para a América do Norte e se estabeleceram na cidade de Nova Amsterdã, que anos depois se tornaria Nova Iorque.

11) IDADE CONTEMPORÂNEA:

       As idéias Iluministas do século XVIII, conduziram a uma série de criticas ao absolutismo o que ocasionaram uma onda de revoluções que varreram a Europa e a América, onde foram estabelecidos os ideais liberais nas monarquias ditas esclarecidas.
       Por este período o filósofo judaico-alemão Moses Mendelssohn liderou uma corrente de integração a cultura ocidental que foi bem recebida pelos juvens judeus, a partir de então surgiram varias tentativas para se criarem um Estado judeu.

MOVIMENTO SIONISTA:

       Naturalmente o nome sionismo é derivado de Sião, ou Tzion, em hebraico, forma como a Palestina era chamada pelos judeus, na qual no fim do século XIX o jornalista austriaco Theodor Herzl deu um novo impulso para a criação ao Estado de Israel, onde ele realizou o Primeiro Congresso Sionista em 1897, na qual defendia que os judeus abastados comprassem terras na Palestina como forma de incentivar a colonização judaica para lá.
  Mas e claro, nem todos os judeus se alinharam ao sionismo, alguns grupos esperavam retornarem sob a direção de Deus, porém o movimento sionista estimulou a migração de novos grupos para a Palestina.
       Durante a Primeira Guerra mundial iniciada em 1914 a Turquia se aliou a Triplice Aliança, e foi derrotada pela Entente, no qual o centro do movimento sionista se deslocou para Londres com o objetivo de pressionar o governo britanico a criarem um estado judeu na Palestina, na qual o Governo Britanico enviou uma carta na qual contribuiria financeiramente para a imigração da Palestina, essa carta foi chamada de Declaração Baulfour, na qual a antão criada Liga das Nações outorgou a Grã Bretanha um mandato sobre a Palestina.
       
COLONIZAÇÃO HEBRAICA E TENTATIVAS DE SE ESTABELECER UM ESTADO JUDEU:

       Porém o primeiro dos grandes lideres a tentar criar um Estado Judeu, ironicamente foi o lider da URSS Josef Stalin, ele criou na Sibéria a republica de Birobidjan, ou a Republica Autonoma do Sião Vermelho, onde ele tentou a incentivar a imigração dos judeus simpatizantes com o comunismo, porém este Estado não passou de uma utopia, pois como todos devem saber, comunismo e religião são duas coisas imiscíveis, na qual no ano de 1960 o lider soviético Nikita Kruschev reconheceu que o projeto havia fracassado.
       Curiosidades a parte, no inicio do século XX hove uma onda de imigração em massa de judeus para a Palestina, porém a terra ja estava ocupada por aqueles que virão a ser os maiores inimigos de Isrel na atualidade, os arabes Palestinos.
       Lembrando que muitos de costume consideram os arabes como uma etnia, eu mesmo considero em meus textos, só que mais por força do habito, pois na verdade o termo "arabe" se refere a um modo de vida e significa "aqueles que atravessam o deserto com camelos", tanto que no império chamado de arabe, estavam presente muitos etnias, e esse conjunto de etnias se cogitou chamar de arabes.
       Os Palestinos mesmo são os arabes judeus que se converteram ao cristianismo, e por volta do ano 800 d.C. se converteram ao islamismo, as relações deles com os judeus, diferente do que muitos acham, nem sempre foram conflituosas, no qual eles estavam presentes até no reinado de Salomão, as relações arabe-judeus, começam a se deteriorar com a ida dos judeus para a Palestina no final do século XIX.
     Muitos sempre jogam a culpa em Israel por fazer jogo duro na hora de ceder a criaçao do Estado Palestino, mas se esquecem que foram os arabes que inicialmente recusaram a criação de um Estado misto arabe judaico e em 1936 após anos de conflitos, árabes e judeus se enfrentaram na primeira guerra aberta, e no mesmo ano uma comissão britanica chefiada por Lord Robert Peel recomendou a partilha da Palestina em dois Estado, porém como sempre foram os arabes que se recusaram e fizeram um protesto armado que foi combatido pela Grã Bretanha, devido aos conflitos em 1939 publicou-se o novo documento oficial britanico chamado de Livro Branco, na qual se limitou a imigração de judeus para a Palestina.

O HOLOCAUSTO:

       No mesmo período que se sucediam esses eventos, devido ao fracasso da diplomacia pós Primeira Guerra, movimentos de extrema direita cresceram na Europa e até mesmo na América do Sul, e na Alemanha ascendeu ao poder em 1933 o Partido Nazista sob a liderança de Adolf Hitler, na qual estabeleceu um governo ditatorial e se iniciou uma grande onda de perseguição aos judeus considerando eles como parasitas, por sugarem o dinheiro do povo alemão, e colocaram eles dentro de Campos de Concentração, nesses campos não existiam só judeus, muitos outros grupos de oposição eram mandados para lá, e eles tinham formas de serem identificados, os homossexuais possuiam um triangulo rosa no uniforme, no uniforme dos comunistas o triangulo era vermelho, e os judeus usavam uma estrela de Davi amarela no uniforme.
       Por este período foi realizada uma série de atrocidades aos judeus como nunca se havia visto na história da humanidade, pela primeira vez na história, surgiu o que viria a ser chamada de industria do exterminio, pois os judeus eram exterminados em série nas camaras de gás, um grupo atras do outro, que nem numa produção industrial, essas camaras quando cheias era liberado o acido cianidrico, gas que provoca o derretimento dos pulmões e a morte por asfixia.
       Muitos dos judeus foram vitmas das experiencias insanas dos médicos nazistas, entre elas, ver quanto tempo a pessoa sobrevivia sem seu figado, injetar tinta azul naqueles que tivessem a iris mais escurecida, abrir a barriga de mulheres gravidas e tirar o feto para se colocarem gatos vivos dentro, amarrar o judeu na parte externa do submarino e mergulhar em aguas profundas para ver o que sucederia a ele.
Foram muitos os horrores e as atrocidades cometidas aos judeus, nem vai dar para falar de todas aqui, mas vale ressaltar também aqueles que lutaram contra isso coo o embaixador portugues na Hungria Alberto Carlos de Liz-Teixeira Branquinho, ele ajudou muitos dos judeus a fugirem da Hungria então dominada pelos nazistas, após pressões da Alemanha, o ditador portugues Antonio Salazar depos Liz-Texeira da embaixada, onde ele foi substituido por Carlos Almeida Afonseca de Sampayo Garrido, que surpreendeu a todos dando continuidade aos trabalhos de seu antecessor, hoje em Israel, seus nomes estão escrito no museu do Holocausto com o titulo a que foram agraciados de "justos entre as nações".
       Após o fim da Segunda Guerra em 1945 o holocausto havia ceifado a vida de mais de 6 milhões de judeus, e sinceramente não sei o que é pior, o holocausto em si ou aqueles que o negam e dizem que o mesmo não passou de um mito, porém quando os norte americanos invadiram a Alemanha o general Dwight D. Eisenhower, que liderou a vitoriosa campanha do dia D e mais tarde foi presidente dos EUA, ordenou que fossem feitas o maior numero possível de fotografias em todos os campos de concentração pelos quais passassem, ele usou as seguintes palavras:

"Que se tenha o máximo de documentação - façam filmes - gravem testemunhos - porque, em algum momento ao longo da história, algum idiota se vai erguer e dirá que isto nunca aconteceu".

12) ISRAEL SURGE COMO NAÇÃO PELA TERCEIRA VEZ:

       Depois da Segunda Guerra os judeus começaram a pressionar a recem criada ONU, para que lhes dessem um Estado, pois assim estariam mais protegidos, até que em 1947 a ONU propos a partilha da Palestina, mas os arabes para a terceira vez recusaram e se prepararam para a guerra caso isso acontecesse, e em 1948 a votação para a criação do Estado de Israel ficou empatada na ONU, até que o secretario brasileiro Oswaldo Aranha deu o voto de minerva a favor da criação de Israel, e no dia 15 de maio de 1948 com a saída dos britanicos, os judeus proclamaram a sua independência, fato que emocionou não só a judeus, mas a cristãos do mundo todo e teve Ben Gurion como primeiro ministro, que leu a declaração de independencia.

A GUERRA DE INDEPENDENCIA (1948-1949):
     
       Como ja era previsto, Israel foi atacada logo após proclamar sua independencia, na qual cinco países arabes entre eles Egito, Siria, Libano, Iraque e Transjordania (atual Jordania), além do Exército de Libertação Arabe, formado pelos Palestinos atacaram Israel, os arabes levaram uma vantagem inicial em todas as frentes, mas essa situação começou a mudar gradativamente e os israelenses venceram o conflito, no qual após o fim deste conflito houveram alterações nas fronteiras onde a Jordania ocupou a Cisjordania, o Egito ocupou a Faixa de Gaza, e as fronteiras Palestina foram extintas, pois seus territórios foram ocupados por Israel, isso que deu os palestinos não terem ficado calados.

A GUERRA DE SUEZ (1956):

       No Egito, o jovem oficial Gamal Abdel Nasser, junto com outros militares, deram um golpe de Estado no Egito, onde derrubaram o rei Faruk I do trono acabando assim com a monarquia e instalando uma republica em 1952, no qual um dos primeiros atos do presidente recem empossado Abdel Nasser foi nacionalizar o canal de Suez, que estava sob possessão britanica.
       Nesta época começara um movimento entre os países arabes conhecido como o pan-arabismo, no qual o governo desses países serão caracterizados por um imenso nacionalismo e pelo ódio a Israel, e por essa época, Nasser estava se erguendo como o lider deste movimento, após a nacionalização a livre circulação foi proibida, onde os exercitos de Israel, França e Grã-Bretanha invadiram a peninsula do Sinal, com o objetivo de tomarem o canal, ams pressões dos EUA e da URSS, fizeram com que esses exércitos recuassem, garantindo-se assim uma grande vitória para Nasser.

A GUERRA DOS SEIS DIAS (1967):


       Creio que em algum lugar, vocês leitores ja devem ter ouvido a seguinte frase "a melhor defesa é o ataque", a história da guerra dos seis dias é justamente essa, ela representou uma das maiores vitórias militares que Israel ja obteve surpreendendo a todos, desde amigos a inimigos.
       Israel ja vinha sofrendo com os ataques de terroristas palestinos e o Egito pelo radio começou a fazer propagandas em hebraico contra Israel, onde diziam coisas do tipo "vamos jogar os judeus ao mar" ou "o mar Mediterraneo ficara vermelho com o sangue de vocês", mas como é do conhecimento de todos, cão que ladra não morde, e os países arabes ficaram naquela, fala e não ataca, fala e não ataca, quem atacou foi Israel, onde numa campanha liderada pelo general judeu Moshe Dayan, que mais tarde sera ministro da Defesa de Israel, eles atacaram de surpresa os exércitos do Egito, Siria e Jordania, essa ação foi tão bem sucedida que não durou nem uma semana entrando para a história com o nome de guerra dos seis dias.
       Nesta guerra Israel tomou as colinas de Golan da Siria, a Cisjordania da Jordania, a Faixa de Gaza e a Peninsula do Sinai do Egito, porém os problemas de Israel só estavam começando.

A GUERRA DO YON KIPPUR (1973)


       O sucesso israelense na guerra dos seis dias, havia impressionado e muito o presidente egipcio Gamal Abdel Nasser, que com isso, começou a incentivar que os jovens egipcios estudassem a lingua e a cultura hebraica, para que assim pudesse entender o segredo do sucesso de Israel e tivesse alguma forma de atacar, Nasser morreu no ano de 1970 sem ter seus planos concluidos, o Egito passa então a ser governado por Anuar Sadat que tinha objetivos mais concretos, entre eles retomar os territórios conquistados.
      Por volta de 1972 quando estavam acontecendo as olimpiadas de Munique, um grupo de terroristas palestinos, sequestrou a delegação israelense e matou a todos, num episódio que ficou conhecido como o "setembro negro", porém o serviço secreto israelense, o Moçad, que é considerado a melhor agencia de serviços secretos do mundo, foi atras de cada terrorista palestino um por um.
       Em outubro de 1973 quando os judeus comemoravam o Yon Kippur, que significa "dia do perdão", Siria e Egito atacaram Israel de surpresa, a Siria pelo norte dominou toda a região das colinas de Golan, e o Egito pelo sul continuou avançando pela peninsula do Sinai.
       Israel se encontrou numa imensa desvantagem vendo com isso sua integridade nacional ameaçada mais uma vez, onde a primeira ministra Golda Meir implorou por armas aos EUA, os EUA de inicio queriam fornecer armas de segunda mão, mas Israel conseguiu que fornecessem armas de primeira mão, na qual com essa ajuda externa Israel conseguiu reverter o quadro da guerra, os dois lados lamentaram perdas, em Israel que tem uma população bem menor que esses dois países, poucas familias não tiveram que lamentar algum tipo de perda.
       Após a guerra, como forma de protestos os países arabes aumentaram o preço do petróleo na OPEP, algo que caracterizou o primeiro surto do petróleo em 1973, porém o presidente norte-americano Jimmy Carter reuniu o presidente do Egito, Anuar Sadat e o primeiro ministro israelense Menahem Beguin, onde foi assinado o acordo de paz Israel-Egito, este acordo foi realizado em Camp David, a casa de campo dos presidentes norte-americanos no ano de 1979, onde foi acertado entre outros pontos, a devolução da Peninsul do Sinai ao Egito.
       Devido a este acordo o presidente Sadat foi assassinado a tiros pelo próprio exército numa parada militar no Egito em 1981, e a Siria, vendo se sozinha, desistiu de continuar atacando Israel.

13) ISRAEL X PALESTINA:

       Após a criação do Estado de Israel, alguns continuaram em Israel, outros migraram para os países arabes, sendo considerados cidadãos de segunda classe tanto em Israel, quanto nesses países para os quais migraram, porém grande parte dos palestinos passaram a viver em campos de refugiados patrocinados pela ONU.
       No ano de 1959 sob a liderança de Yasser Arafat, um engenheiro nascido em Jerusalém, os palestinos criaram a Al Fatah, que se definiu como anti-sionista, anti-imperialista e com o objetivo de criar um Estado na antiga Palestina.
       Ja em 1964 com o patrocinio de varios países arabes era criada a OLP (Organização para a Libertação da Palestina), que englobou a Al Fatah e o pequeno grupo de palestinos existentes.
       Porém depois da guerra do Yon Kippur a OLP começou a mudar de tatica abandonando o terrorismo, e seu principal lider Yasser Arafat passou a procurar atingir seus objetivos pela via diplomatica e discursou na Assembléia Geral da ONU pela primeira vez em 1974, só teve um pequenino detalhe, Arafat foi discursar com um revolver pendurado na cintura, fato que causou um mau estar tremendo.

A PRIMEIRA INTIFADA (1988)

No ano de 1988 muitos palestinos iniciaram uma revolta em seu território contra a ocupação israelense, na qual esse movimento foi reprimido pelo exército israelense, causando mais de 300 mortes entre os palestinos, e serviu para degradar a imagem de Israel perante a comunidade internacional, essa revolta ficou conhecida como a primeiro Intifada, que em árabe significa "guerra das pedras".
       Muitos até por costume, acreditam que só esse movimento ficou conhecido como Intifada, mas o termo intifada caracteriza algo mais amplo, na verdade, protestos em países arabes, por exemplo, o protesto de clérigos xiitas no Iraque contra a invasão americana em 2003 foi chamado de Intifada Iraquiana, e os protestos no Libano para a expulsão do exército sirio de seu território ficou conhecido como "intifada pela independencia" mas também pode ser chamada de "revolução dos cedros" arvore tipica da região.

DÉCADA DE 90, UM PERÍODO DE NEGOCIAÇÕES E AVANÇO NOS ACORDOS DE PAZ:

       É errado imaginar que toda Israel defende a destruição dos palestinos, tanto entre os israelenses quanto entre os palestinos, existem aqueles que defendem um acordo de paz e a resolução de seus respectivos problemas pela via diplomatica, entre eles o atual presidente de Israel, o premio nobel da paz Shimon Perez que em 1984 emprendeu uma politica moderada destinada a recuperar a economia e buscar a paz no Oriente Médio.
       E como citei no titulo a década de 90 marcara uma série de negociações entre judeus e palestinos, lembrando que os dois principais partidos de Israel são o Likud, partido de direita e o Partido Trabalhista, de orientação esquerdista, também tem outros partidos como o Avoda, mais tarde Israel tera um partido de centro direita chamado Kadima, criado por Ariel Sharon, voltando ao assunto, em 1992 o trabalhista Yitzhak Rabin se tornou primeiro ministro de Israel que em 1993 ele e o lider da OLP Yasser Arafat selaram um histórico acordo de paz mediado pelo presidente norte americano Bill Clinton, fato este que deu inicio a um processo de normalização entre Israel e os países arabes..
       Porém nem todos apoiaram esse acordo, e se sucederam uma série de atentados terroristas e Rabin foi assassinado em 1995 por um extremista judeu, em 1996 Benjamin Nethaniahu, se tornou primeiro ministro de Israel e entregou Hebron aos palestinos e no ano de 1999 Ehud Barak se tornou primeiro ministro de Israel e mediado pelos EUA cedeu aos palestinos a faixa de Gaza e 91% da Cisjordania.
       Ainda assim os palestinos liderados por Arafat rejeitaram esse acordo na qual ele exigia que fossem entregue aos palestinos as fronteiras anexadas em junho de 1967.
       
SEGUNDA INTIFADA (2000-2006):

       Em 2000 após o candidato a chancelaria de Israel pelo Likud, o general herói de guerra Ariel Sharon realizar um passeio pela Esplanada das Mesquitas em Jerusalém, junto com um grande contingente de seguranças, num dia que era considerado sagrado para os mulçumanos e nenhum deles podia pisar lá, se iniciou a segunda intifada, que desta vez não foi uma revolta de paus e pedras, foi uma guerra armada entre Israel e Palestina, que se sucederam até 2006 deixando 4995 mortos.

SÉCULO XXI, UM RETROCESSO NOS ACORDOS DE PAZ:


        Após Ariel Sharon se tornar primeiro ministro de Israel, ele iniciou a construção da barreira israelense na Cisjordania, e deu inicio ao seu plano de retirada unilateral da faixa de Gaza, em 2006 ele sofreu um acidente vascular cerebral grave no qual esta de coma até hoje e foi substituido pelo seu vice Ehud Olmert.
       Em 2006 Israel invadiu o sul do Libano para libertar um grupo de soldados reféns do Hezbollah, a milicia palestina do Libano, porém esta operação foi um tremendo fracasso e o presidente da OLP Mamouhd Abbas e Ehud Olmert se comprometeram a lutar por um acordo de paz até 2008, até agora não vimos nada.
       Em 2004 o Hamas ocupou a Palestina, lembrando que o Hamas é um grupo radical que passou de organização terrorista para partido politico e defende a destruição total do Estado de Israel ocupou a Faixa de Gaza iniciou ataques com foguetes kassan a Israel no ano de 2008, fato que levou Israel a responder violentamente cercando a faixa de Gaza e atacando chegando a cometer muitos exageros contra a população civil que lá reside, provocando protestos no mundo inteiro.
       Em seus ataques Israel chegou a usar bombas de fósforo que foram proibidas em 1925 pela Convenção de Genebra por provocar queimaduras terriveis e até mesmo letais em suas vitmas.
       Mesmo depois do retorno de Benjamin Netanyahu ao cargo de primeiro ministro os ataques continuaram, onde após ao ataque a um navio turco por parte de Israel em aguas internacionais quando este levava suprimentos ao povo palestino, a Turquia protestou onde se iniciou uma crise diplomatica que até hoje não se encontrou nenhuma solução.

       
14) CONCLUSÃO:

       Aqui eu darei por encerrado sobre a história de Israel, o que tinha que falar ja falei, porém a história ainda não acabou, muitas aguas ainda irão rolar e muita coisa ainda ira acontecer, afinal a história nunca acaba, ela só tera um fim quando não existir mais nenhum homem para registra-la.
       Como vocês leitores puderam ver, eu sou um grande admirador da cultura hebraica, e confesso que escrever esta história foi o maior empreendimento que ja realizei no Recanto das Letras sendo necessario muitas pesquisas e dados, mas isso não quer dizer que apoio Israel em tudo o que faz, por exemplo, sou totalmente contra aos ataques que estão sendo feitos contra a população civil palestina em Gaza, não só eu mas muitos judeus e palestinos também são contra, afinal mulheres e crianças estão morrendo sem contar que este fato só esta servindo para desgastar a imagem de Israel perante o resto do mundo.
       De qualquer forma, assim como todos os que leram sou a favor da paz entre judeus e palestinos e também desejo a paz em Israel, uma nação soberana que conseguiu muito com pouco usando como principal arma a fé.

Fontes:

Livros:
-Biblia
-Enciclopédias Barsa
-Oriente Médio: uma região de conflitos (Nelson Bacic Olic)
-A guerra do Yon Kippur (gen. Chair Herzog)
-Uma breve história do Brasil (Mary del Priore e Renato Venancio)
-Os 100 acontecimentos mais importantes da história do cristianismo (Editora VIDA)

DVDs:
-Segredos milenares da biblia: Série para colecionadores

Revistas:
-Aventuras na História Ed. 44
-História Viva nº 73
-História Viva nº92
-Guia da História Especial Ed. 02
Enã Rezende
Enviado por Enã Rezende em 27/12/2011

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