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Discurso de Obama decepcionou palestinos e israelenses

O discurso do presidente dos EUA, Barack Obama, causou insatisfação em Israel e nos territórios palestinos. Em Tel-Aviv, a proposta de criar um Estado palestino com base nas fronteiras anteriores à Guerra dos Seis Dias, em 1967, foi imediatamente rejeitada.
Ariel Schalit/AP
Ariel Schalit/AP
Vigilância. Israelenses patrulham fronteira com a Síria nas Colinas do Golan
Diversos ministros israelenses criticaram Obama. "O discurso mostra o cinismo americano. Com a mão direita, os EUA lutam para eliminar Osama bin Laden, mas com a esquerda lutam para dar um Estado ao Hamas", disse a parlamentar Tzipi Hotovely, do Likud.
Um funcionário do governo citado pelo jornal Haaretz disse que Obama "não entende a realidade israelense" - é a primeira vez que um presidente americano explicitamente defende as fronteiras pré-1967, uma das principais exigências palestinas.
A imprensa em Israel acredita que o país vive uma crise diplomática com Washington. Os jornais israelenses alertaram para a perda de credibilidade de Netanyahu e para o fato de um segundo mandato de Obama ser extremamente prejudicial para Israel.
"Netanyahu tem de convencer Obama de que ele é um parceiro na conclusão de um acordo com os palestinos. Se Obama estiver convencido, pode persuadir a Europa a não apoiar o reconhecimento unilateral do Estado palestino em setembro", escreveu Ari Shavit no Haaretz.
Outro aspecto enfatizado é a dúvida quanto ao endurecimento das posições de Obama e a possibilidade de os EUA participarem mais ativamente na resolução do conflito. No entanto, analistas acreditam que pressionar Israel um ano e meio antes das eleições americanas é um risco.
No médio prazo, no entanto, há um aprofundamento das divergências entre EUA e Israel. "O Estado judeu não pode sobreviver no novo Oriente Médio com antigas percepções da realidade", disse ao Estado o analista George Giacaman, da Universidade Birzeit, na Cisjordânia. "Em um ano e meio, o novo governo americano terá de lidar com a pressão das novas democracias que estão se formando na região e isso acarretará mudanças drásticas no balanço de poder, que até agora favorece Israel."
Os palestinos também criticaram o discurso, que classificaram como uma "reciclagem". "Fora o reconhecimento das fronteiras de 1967, não há nada de novo. O discurso focou na segurança de Israel e nem ao menos mencionou a segurança dos palestinos" , afirmou o analista Hanna Siniora. "Obama não ofereceu um mecanismo para a resolução do conflito e ainda rejeitou a iniciativa palestina de buscar reconhecimento na ONU. Assim, ele fechou todas as portas para os palestinos."
Estratégia. Para Giacaman, os palestinos continuarão concentrando seus esforços diplomáticos na estratégia de conseguir o apoio do maior número de países possível para a aprovar uma proposta de reconhecimento do Estado independente na reunião da Assembleia Geral da ONU, em setembro. 
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1 Comentários
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  1. Não entendo porque Netanyahu não quer negociar tendo o Hamas. Ele não pode se esquecer que eles foram eleitos democraticamente pelo povo Palestino. E o Hamas é Palestino.
    Não pode se esquecer também, que eles apoiaram o Hamas para fazer frente a Arafat. Não é interessante para eles parar com os assentamentos, para tornar INVIÁVEL o Estado Palestino. Dezenas de países reconhecem a Palestina como Estado

    Ele, no fundo, sabe que o Hamas nada mais é que o Likud muçulmano, vamos assim dizer. Sabemos que o Likud aspira varrer todos os palestinos de lá. Israel já tem a maior parte daquele território. Nada mais justo que respeitar as fronteiras de 1967.

    Ainda que construído sob mitos bíblicos, mentiras, ódio e assassinatos, Israel existe, e nem todos os israelenses são dotados de ódio pelo povo Palestino. Ao contrário, alguns trabalham ativamente pela paz.

    63 anos se passaram e não sou a favor da destruição de Israel. Quem nasceu depois não tem culpa de nada! Mas essa política criminosa tem que ser contida!

    Sou terminantemente contra atirar foguetes contra civis israelenses, mas essa política de Israel (principalmente o absurdo bloqueio econômico a Gaza) só aumenta o ressentimentos dos Palestinos e dá mais força ao Hamas.

    O que equivale jogar foguetes contra civis israelenses, é forças israelenses bombardear casas, hospitais e escolas, por alegar que "terroristas" estão entre eles! Se jogar foguetes é terrorismo, bombardear casas e hospitais para matar militantes também é!

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