Em uma entrevista coletiva no deque do Mavi Marmara, barco onde aconteceu o confronto em 31 de maio de 2010, a coalizão de 22 grupos de ativistas pediu para que os governos garantam que o incidente não aconteça novamente.
O chefe da ONU (Organização das Nações Unidas), Ban Ki-Moon, pediu aos governos que desencorajassem os ativistas e as tentativas de envio de um novo comboio. A Turquia explicou a eles os riscos de tentar quebrar o bloqueio naval de Israel em Gaza, mas ressaltou que a segurança do comboio estava fora do controle governamental.
Gaza é controlada pelo movimento radical islâmico Hamas, que defende a destruição de Israel e é visto como um grupo terrorista por potências ocidentais, incluindo os Estados Unidos e a União Europeia. Israel diz que bloqueia o acesso à costa da faixa de Gaza para impedir a importação de armas.
"Eles não vão atacar. Não acreditamos que eles vão repetir o mesmo erro gigantesco contra a humanidade", disse Huseyin Oruc, porta-voz da entidade de caridade islâmica turca IHH que organizou a expedição alvo de ataque no ano passado. Os ativistas fizeram um minuto de silêncio em homenagem aos mortos em 2010.
"Será o Mavi Marmara, será um barco da paz e os outros 14 barcos também serão navios da paz", disse na coletiva.
Nesta segunda-feira o ministro das Relações Exteriores da Turquia, Ahmet Davutoglu, disse que o ônus está sobre Israel para evitar que o banho de sangue se repita, acrescentando que o país deveria acabar com o bloqueio ilegal que deixa 1,5 milhão de palestinos vivendo no enclave.