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Tensão na Síria aumenta

A onda de protestos contra o governo do presidente Bashar al-Assad, há 11 anos no poder, e contra o partido dele, o Baath, que controla o país nos últimos 48 anos, se intensificou neste domingo (27) na Síria.
O Exército sírio reforçou sua presença na cidade de Deraa, no sul do país, foco dos protestos sangrentos que vêm ocorrendo no país, e soldados foram às ruas em um porto do norte onde as tensões estão crescendo, revelaram moradores às agências de notícias.
Os protestos - nos quais manifestantes em algumas cidades atearam fogo às sedes do partido governista - teriam sido impensáveis dois meses atrás no país árabe rigidamente controlado.
Até agora, pelo menos 55 pessoas foram mortas em Deraa e redondezas em conseqüência dos protestos, segundo um grupo de defesa dos direitos humanos.
Os manifestantes pedem liberdade política e o fim da corrupção, mas também vêm dirigindo sua revolta contra Assad, tendo ateado fogo a uma estátua do falecido presidente Hafez al-Assad, que governou a Síria com mão de ferro por 30 anos até sua morte, em 2000.
Na sexta-feira, forças de segurança dispararam contra manifestantes em Deraa, e houve informações sobre outros disparos em outras partes do país. As autoridades atribuíram a violência a "gangues armadas."
A turbulência chegou à importante cidade portuária de Latakia, onde há segurança reforçada e onde, segundo uma fonte oficial síria, 12 pessoas - incluindo membros das forças de segurança, civis e "elementos armados" - foram mortas em dois dias de choques.
Latakia é uma cidade de maioria sunita, mas também tem muitos residentes xiitas da seita alauíta que se mudaram para a cidade, vindos das montanhas vizinhas, nas últimas décadas.
EUA se pronunciam
A secretária de Estado, Hillary Clinton, descartou a participação dos Estados Unidos no conflito sírio como fez na Líbia, disse em uma entrevista um programa da rede "CBS" divulgado neste domingo.
Perguntada se os Estados Unidos estariam dispostos a intervir nos distúrbios que ocorreram na Síria, Hillary foi clara e respondeu com um sonoro: "Não".
A secretária assinalou que os motivos que levaram à intervenção internacional na Líbia não ocorrerão na Síria e mostrou confiança de que o presidente, Bashar al Assad, faça reformas.
"Se houvesse uma coalizão da comunidade internacional, se houvesse uma resolução do Conselho de Segurança, se houvesse um pedido da Liga Árabe, se houvesse uma condenação universal, mas não acho que isso vá acontecer", disse Hillary, que gravou a entrevista no sábado.
"Cada situação é diferente", assegurou a secretária de Estado, em referência à onda de protestos do mundo árabe iniciada na Tunísia e no Egito, que se estendeu por Iêmen, Jordânia, Marrocos, Síria e Bahrein.
"Deploramos a violência na Síria e pedimos, assim como fizemos com todos esses Governos, que não respondam às necessidades de seu povo com violência, mas permitindo os protestos pacíficos e iniciando processos de reformas econômica e política", disse.
"O que está ocorrendo na Síria nas últimas semanas é muito preocupante, mas há uma diferença entre utilizar seus próprios aviões indiscriminadamente para metralhar e bombardear suas próprias cidades e ações policiais que, realmente, excederam o uso da força", assegurou.
*Com informações de agências internacionais

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