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Ortodoxos criam dificuldades para Netanyahu


Primeiro-ministro israelense luta para satisfazer demandas de aliados 


Binyamin Netanyahu trabalhou mais que ninguém para fazer com que os israelenses trabalhassem. Como Ministro da Fazenda, entre 2003 e 2005, reduziu drasticamente os abonos de família, atingindo deliberadamente, os dois grupos com o maior número de filhos no país: os ultra-ortodoxos (ou haredim) e os cidadãos árabes de Israel. 

Juntos, eles representam quase um terço da população de Israel. O subemprego entre eles, especialmente entre os haredi homens e mulheres árabes, era enorme e crescente. Por que trabalhar, eles pensavam, se o Estado paga-lhes generosamente para ficar em casa e ter filhos?
A revolução de Netanyahu está funcionando. No caso dos judeus ortodoxos, a crise econômica mundial ajudou. O financiamento filantrópico para as yeshivas (seminários em que os homens se dedicam ao estudo da Torah) diminuiu. 

Trabalhar para viver se tornou inevitável para um número pequeno, mas cada vez maior, de homens no grupo. Várias faculdades e grandes empresas em todo o país estão oferecendo ambientes segregados para que os haredim possam treinar e trabalhar no conforto de suas próprias convenções.

Netanyahu, agora como primeiro-ministro, está lutando para que as escolas haredi e yeshivas ensinem o básico (Inglês, matemática e ciências) para equipar os seus diplomados para o mercado de trabalho. Ainda é uma luta, repleta de passos politicamente sensíveis no caminho. 

Os rabinos e seus partidos políticos têm crescido como apoiadores vitais das coalizões no poder. Eles arrancam dinheiro do Estado para as yeshivas, mas Netanyahu precisa de seus votos.

Em outubro, ele tropeçou. Depois que dois parceiros haredi na coalizão, Shas e Judaísmo Unido pela Torá, ameaçaram votar contra o orçamento, ele aprovou uma lei que garante mil shekels (cerca de US$ 300) mensais para estudantes de yeshivas acima dos 24 anos, com três ou mais filhos, uma mulher não-trabalhadora, sem moradia própria ou automóvel. 

O problema era que esse benefício havia sido considerado descriminatório pela Suprema Corte em junho.  A nova lei foi concebida para contornar a decisão do tribunal. Também atrapalhou o impulso da revolução trabalhista de Netanyahu.

Os outros partidos da coalizão e a oposição manifestaram sua desaprovação. O sindicato dos estudantes exigiu os mesmos benefícios. Netanyahu propôs estender o salário para todos os alunos, mas dificilmente alunos comuns preenchem a longa lista de pré-requisitos. Ele então disse que esperaria que a comissão adotasse novos critérios aceitáveis dentro de três semanas. Enquanto isso, a primeira leitura do orçamento foi aprovada em 25 de outubro.

Mas ela trouxe uma nova situação constrangedora para Netanyahu: no orçamento foi encontrada uma medida para contestar o benefício dado aos judeus ortodoxos. Na madrugada de 27 de outubro, estudantes universitários lançaram um bando de galos, que cantou bem alto na calçada em frente de casa de Netanyahu num quieto subúrbio. “Acorde, Bibi”, eles gritavam, antes de serem dissipados pela pela polícia. “Os estudantes têm mais valor”.

Fontes: The Economist - "Exceptional difficulties", The Economist - "Exceptional difficulties"

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