Dmitri Medvedev teve que cancelar uma rara visita de um presidente russo a Israel devido a uma greve de diplomatas e funcionários do Ministério de Relações Exteriores israelense.
Uma intensificação da longa disputa sobre pagamentos na semana passada parece não ter tido efeito em visitas de trabalho de importantes autoridades norte-americanas e europeias que tentam reiniciar as negociações de paz no Oriente Médio.
A greve também já cancelou visitas dos líderes de Croácia e Eslovênia, e pôs em dúvida a viagem da chanceler alemã, Angela Merkel, prevista para o fim de janeiro.
O gabinete do presidente israelense, Shimon Peres, disse em comunicado que ele se desculpou com Medvedev em uma ligação, afirmando que "não há dúvida de que você e seu país podem contribuir de grande maneira para o processo de paz no Oriente Médio".
Importantes diplomatas americanos devem retornar a Israel nos próximos dias e a chefe de política externa da União Europeia, Catherine Ashton, teve conversas com ministros israelenses na quarta-feira.
Um porta-voz do Kremlin em Moscou disse que Peres e Medvedev concordaram que, ao invés de uma viagem a Israel, ambos terão conversas neste mês na conferência anual do Fórum Econômico Mundial, em Davos.
Medvedev visitará o rei Abdullah, da Jordânia, e o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas.