JERUSALÉM - Artistas fizeram uma obra retratando uma cena imaginária em que Maria e José se confundem devido ao muro de separação de Israel, que bloqueia a entrada de Belém. A indústria do turismo, devastada pela Segunda Intifada e pela construção do muro ao redor da cidade, enfrenta agora uma espécie de renascimento. Os peregrinos, atraídos ao local do nascimento de Jesus, estão chegando em massa à cidade.
- Você não consegue encontrar um quarto em Belém neste Natal - diz Samir Hazboun, diretor da Câmara de Comércio de Belém. - Agora está melhor do que em 1999.
A recuperação de Belém é mais do que notável. Embora a cidade fique a apenas três quilômetros de Jerusalém, a viagem é logisticamente complicada. O muro de oito metros de altura, erguido por Israel em 2003 - após alegar motivos de segurança -, separou a cidade de Jerusalém tanto física quanto psicologicamente.
Turistas devem chegar a um posto de controle israelense, muitas vezes envolvendo uma espera de 90 minutos, para transitar entre as duas cidades, e o muro reforça a impressão de que Belém, um cenário de fortes combates durante a Intifada, ainda não é totalmente segura.
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