JERUSALÉM — O primeiro-ministro isralense, Benjamin Netanyahu, garantiu nesta segunda-feira à noite que não permitirá aos representantes da Autoridade Palestina organizar cerimônias em Jerusalém, segundo um comunicado de seu gabinete.
O primeiro-ministro "ordenou aos serviços de segurança proibir que a Autoridade Palestina organize eventos ou cerimônias no território municipal de Jerusalém", informou o texto.
Os meios de comunicação israelenses informaram que o primeiro-ministro palestino, Salam Fayyad, deve inaugurar nesta terça-feira duas escolas em um bairro árabe do setor oriental de Jerusalém, conquistado e anexado por Israel em 1967.
Por ordem do ministro da Segurança Interior, Isaac Aharonovitch, agentes da polícia foram nesta segunda-feira à sala onde deve ser realizada a cerimônia para selá-la, informou o jornal Haaretz.
Interrogado pela AFP, Ghassan Khatib, membro do escritório de Fayyad, indicou que mantém sua ideia de estar presente na inauguração, sem levar em conta a proibição de Israel.
O Estado hebreu proibiu à Autoridade Palestina qualquer atividade política em Jerusalém Oriental após o início da Segunda Intifada, em setembro de 2000, e fechou a Casa do Oriente, considerada por muito tempo a sede da Organização para a Libertação da Palestina (OLP).
A anexação de Jerusalém Oriental nunca foi reconhecida pela comunidade internacional, mas Israel considera que o conjunto da Cidade Santa como sua capital "indivisível" e "eterna".
Os palestinos pretendem fazer de Jerusalém Oriental a capital do Estado que planejam fundar.