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Hella Moritz (1929-2010) - Titi trabalhou 45 anos pelos judeus

Hella Moritz, apelidada Titi, falava oito línguas, algo extremamente útil para quem secretariou por 45 anos uma entidade internacional.

Até o ano passado, ela trabalhou no Congresso Judaico Mundial (WJC, na sigla em inglês), órgão criado em 1936 para representar as comunidades judaicas pelo mundo.
Titi é de Saarbrücken (Alemanha), que era território da França quando nasceu. Em 1941, devido ao nazismo, sua família veio para o Brasil.

O pai, comerciante, ajudava os judeus que chegavam ao país em situação precária.
Ao WJC ela foi indicada por um jornalista, de quem era secretária. Em 1965, entrou para a entidade. Titi conheceu todos os primeiros-ministros israelenses desde a criação do Estado, em 1948, e foi certa vez intérprete no Brasil de Golda Meir, a primeira mulher a chefiar Israel.

Vivia entre Genebra e Paris e, nos últimos anos, em Nova York, onde ajudou a fundar uma sinagoga liberal. Lá, fez também trabalhos voluntários em abrigos para doentes de Aids e para sem-tetos.

Voltou ao Brasil no ano passado. Na Congregação Israelita Paulista, integrou um grupo de estudos da Bíblia.

Vestia-se modestamente. Um dia, após doar sangue, sentiu-se mal e agachou-se na rua. Quando a viram, ofereceram-lhe dinheiro.

Brincalhona, em qualquer situação contava uma piada --sabia muitas sobre judeus.

Como o primeiro testamento que fez foi comido acidentalmente pela golden do sobrinho, chamada Jujuba, mandou a ele outra cópia lacrada. Com sua morte na quinta (18), aos 81, após um infarto, a família abriu o documento e achou um bilhete: "Para Jujuba, bom proveito".
Solteira, não deixa filhos. 

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