A presidente argentina expôs na Assembléia Geral da ONU e lhe propôs ao Irã buscar um terceiro país neutro.
"A eleição de um terceiro país ou órgão servirá para terminar com as desculpas da não neutralidade, com o álibi que nos querem impor de que [os acusados] não vão poder ser submetidos a um julgamento imparcial. Isso não vai nos permitir sair e encauzar um conflito que tenhamos que resolver no marco da justiça e da legalidade", afirmou.
Fernández de Kirchner enfatizou que nos quatro anos consecutivos em que leva adiante "uma reclamação sem maiores resultados" e assegurou que "a Argentina é um país que garante a pluralidade e a diversidade", líder em matéria de direitos humanos e com um sistema judicial que garanta o processo correspondente.
A possibilidade de realizar o julgamento pelo atentado a AMIA em um terceiro país "neutro" e com a presença de observadores internacionais não é nova. Já no início deste ano, o investigador responsável pelo caso, Alberto Nisman, reuniu-se em Lyon (França) nos escritórios da INTERPOL com o secretário da instituição, Roland Noble, e o embaixador iraniano e ex encarregado de negócios em Buenos Aires, Mohsen Baharvand com a mesma proposta e esta foi descartada pelo governo iraniano.